Famílias freiam o consumo e inadimplência recua 21%

Publicado em: 09 maio 2019

Campo Grande (MS) – Campo Grande fechou o mês de abril com queda de 21% no número de inadimplentes que não terão condições de pagar as dívidas com o comércio e setor de serviços da Capital. 

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias campo-grandenses nessa condição caiu de 41.563, em março, para 32.816 famílias no mês passado. 

O contingente é o menor do ano. Em janeiro, 47.894 pessoas não tinham condições de quitar seus débitos no varejo. 

Em relação ao nível de inadimplência em Campo Grande, o índice de consumidores com dívidas em atraso também recuou em abril ante março, de 29,7% para 27,4%.  São 84.502 famílias devedoras em abril, 9.631 a menos que março (91.737). 

A pesquisa aponta ainda que no mês de abril o índice de famílias com dívidas em Campo Grande ficou em 53,9%, diante de 57,1% no mês de março. Em números absolutos, são 180.820 famílias endividadas em fevereiro, 1.383 a menos que em março. 

“A cada mês percebemos uma redução no índice de endividamento e isso é positivo. O número de endividados com conta em atraso e os que não terão condições de pagar a dívida também diminuíram, demonstrando assim que o consumidor tem conseguido pagar suas dívidas e está retomando o poder de compra”, avalia o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo. 

O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de dívidas dos campo-grandenses (68%), seguido pelos carnês (27,9%) e pelo financiamento de casa (8,7%). Crédito pessoal (6,6%) e financiamento de carro (6,6%) vêm logo em seguida. O último da lista é o cheque especial (0,5%). 

Cautela 

Apesar da queda no endividamento, o crescimento na inadimplência é motivo de cautela por parte do comércio. De acordo com analistas, mesmo com melhoras na economia e aumento na intenção de consumo, quem está endividado deve buscar primeiro equilibrar o orçamento. 

Com a inadimplência de carnês, o consumidor fica sem o crédito para determinadas lojas. Além disso, o comprometimento é ainda maior quando a dívida contraída é na modalidade de cartão de crédito — o valor devido entra no rotativo e depois só resta ao consumidor ir para a renegociação, com juros altos.

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