OCDE convida Brasil para coordenar grupo de recuperação econômica

Publicado em: 30 abr 2020

Campo Grande (MS) –  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pediu que o Brasil coordene o grupo de retomada econômica do pós-coronavírus do grupo.

O convite foi anunciado nesta quarta-feira (29) pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Braga Netto, que aparecerem juntos em uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto para mostrar que estão alinhados, apesar das dúvidas que o plano Pró-Brasil gerou sobre o futuro da condução econômica brasileira.

“A OCDE solicitou que o Brasil fosse o líder do grupo que trata das medidas de recuperação no combate ao coronavírus e no pós-coronavírus. A OCDE está usando o Brasil como um exemplo”, contou Braga Netto.

E Paulo Guedes disse que esse convite é fruto do reconhecimento das medidas que a equipe econômica vem tomando com o intuito de proteger os trabalhadores brasileiros durante a crise da Covid-19. Ele citou como exemplo dessas medidas o pagamento do benefício emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais e a possibilidade de as empresas suspenderem os contratos ou reduzirem temporariamente o salário dos empregados formais, que receberão uma parte do seguro-desemprego do governo durante esse período de redução salarial.

“O Brasil tem feito programas antes dos países avançados. O Brasil reagiu mais rápido que qualquer país em desenvolvimento e inclusive com alguns programas que foram considerados os mais eficientes lá fora”, disse Guedes, dizendo que essas medidas vão amenizar a alta do desemprego no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus.

Os ministros não informaram, contudo, se o Brasil aceitou o convite da OCDE, nem quando essa parceria pode começar. Isso porque o anúncio do convite da OCDE acabou ocorrendo em meio a uma tentativa de Guedes e Braga Netto de mostrarem que estão alinhados quanto ao rumo da recuperação econômica brasileira e, assim, tentar pôr fim às dúvidas que o programa Pró-Brasil gerou no mercado. (Reprodução/Correio Braziliense)

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