Campo Grande (MS) – A queda mais acentuada do preço do óleo diesel, depois das medidas tomadas pelo Governo do Estado, que reduziu a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 12%, já é percebida na bomba nesta semana. Alguns postos de Campo Grande-MS comercializam o derivado a R$ 3,29, depois de o valor chegar a R$ 3,99 após a greve dos caminhoneiros, com tendência de continuar em declínio.
Nova pesquisa dos preços de combustíveis praticados na Capital, em elaboração pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS), ligada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), deve confirmar a redução crescente do preço do diesel, apontando para um cenário de estabilização do mercado.
O preço dos combustíveis ainda oscila no Estado, mas o mercado começa a se estabilizar e o valor mínimo do óleo diesel na bomba na semana passada, em Campo Grande, chegou a R$ 3,344, conforme levantamento preliminar do Procon-MS. No período de 16 a 23 de junho, pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontou o diesel em R$ 3,399 na Capital, com variação de R$ 0,055. O preço médio ainda apresentava alta: R$ 3,476.
Desde a vigência do decreto que reduz a alíquota do ICMS do diesel, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja no dia 6 de junho, o preço do derivado passou de R$ 3,417 para R$ 3,344, com redução de R$ 0,083, conforme a última pesquisa realizada pelo Procon Estadual. Os preços desta semana, apontados pelos caminhoneiros, no entanto, revelam uma queda mais acentuada.
Faz diferença
O caminhoneiro Luiz Vasques, 46 anos, disse que a decisão do Governo do Estado de diminuir o ICMS beneficiou diretamente a categoria. Ele abasteceu seu caminhão na segunda-feira (25.6) em um posto na BR-163, saída para Cuiabá, e pagou pelo diesel R$ 3,29. “Claro que melhorou muito. É um preço já razoável, a gente consegue empatar as despesas, mas esperamos que baixe ainda mais”, avalia. “Depois da greve cheguei a pagar R$ 3,80, era impraticável.”
A redução do diesel também anima o caminhoneiro Mateus Junior Keller, 30 anos, que transporta grãos para São Paulo. Se preparando para iniciar mais uma viagem, ele enche o tanque pagando R$ 3,31 o litro do combustível em um posto na BR-262, próximo ao conjunto residencial Maria Aparecida Pedrossian. “Os postos com maior concentração de caminhões estão praticando os melhores preços. No centro da cidade o óleo está mais caro”, atesta.
Fábio Vieira Souza, 37 anos, que há mais de 15 trabalha no transporte de grãos, ao lado do pai, diz que a decisão do governador Reinaldo Azambuja de reduzir o imposto para beneficiar o consumidor foi decisiva para regular os preços. “Ajudou e muito, nos tirou do sufoco”, comenta. “Eu cheguei a pagar R$ 3,98 o litro e se não baixasse iria parar, estava trabalhando de teimoso. Nesse preço estava inviável, não pagava a manutenção do caminhão.”