Campo Grande (MS) – Em Mato Grosso do Sul, aproximadamente 500 mil pessoas vivem na linha da pobreza, com menos de R$ 406 mensal, valor inferior aos US$ 5,5 por dia (segundo a cotação do período analisado), adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre nos países em desenvolvimento.
Os dados são referentes ao ano de 2017 e fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS 2018), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme a pesquisa, no ano passado, 2,646 milhões de pessoas residiam em Mato Grosso do Sul, em 902 mil residências. Do total da população, 18,9% estavam na chamada linha da pobreza.
O nímero indica que houve aumento no contigente de pessoas pobres, na comparação com o ano de 2016, quando 17% da população sobrevivia com o valor estipulado pelo Banco Mundial. Com a população de 2,6 milhões, o porcentual correspondia, em 2016, a 442 mil pessoas abaixo da linha da pobreza.
Segundo o IBGE, a recessão econômica dos últimos anos foi responsável pelo aumento das pessoas nestas condições.
Além do rendimento abaixo do salário mínimo, a pesquisa aponta que grande parte da população vive em domicílios com inadequações nas condições de moradia, como ausência de banheiro ou sanitário de uso exclusivo do domicílio; paredes externas construídas com materiais não duráveis; adensamento excessivo, com mais de moradores por dormitório e ônus excessivo com o aluguel, quando o valor é superior a 30% da renda domiciliar.
No Brasil, a proporção de pessoas pobres no Brasil era de 25,7% em 2016 e subiu para 26,5%, em 2017. Em números absolutos, esse contingente variou de 52,8 milhões para 54,8 milhões de pessoas, no período.