Campo Grande (MS) – Mato Grosso do Sul deverá manter as políticas para o desenvolvimento econômico, mirando investimentos e apostando na melhoria da logística e na diversificação de modais. As afirmações foram feitas pelo governador reeleito, Reinaldo Azambuja, que deverá ir a Brasília na terça-feira (6)para conversar com a equipe de transição do presidente Jair Bolsonaro. Na agenda, as reformas estruturantes e a pauta fiscal, entre outros.
O governador está otimista quanto à intenção do presidente eleito de ajudar os estados e municípios, mas disse que, para isso, Bolsonaro precisará fazer reformas estruturantes e tributária. A reunião da próxima semana contará com a presença do governador eleito de São Paulo, João Dória, e também do governador de Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, todos do PSDB, partido de Azambuja. “Teremos uma reunião, eu, Dória e o governador do RS eleito, Eduardo Leite. O objetivo é discutir um pouco a pauta de reformas do País, para termos uma conversa com Bolsonaro, ouvir dele as reformas estruturantes. Nossa bancada [PSDB] quer ajudar nas reformas”, acrescentou.
Outro assunto que deverá entrar nas discussões é a criação do Imposto de Valor Agregado (IVA), que implicaria a eliminação de vários impostos e, com isso, haveria uma redução da carga tributária. O “imposto único” ainda é visto com cautela pelo governador. “Precisamos saber como realmente será o IVA [Imposto de Valor Agregado]. Como ele vem? Acho importante, mas não dá pra tirar a receita dos estados. A União vai abrir mão das contribuições, que ela recebe sozinha, para poder ter o IVA, um imposto único. Porque, com o IVA, acaba ICMS ISS, acaba com uma série de tributos. Moderniza a legislação tributária, mas como será isso? Como será a transição? Para termos segurança. Não dá pra ousar em questão tributária e tirar recurso dos estados. Não podemos perder!”, alertou.