Campo Grande (MS) – O congelamento no preço do diesel cobrado pelas refinarias após a greve dos caminhoneiros teve efeitos positivos em Mato Grosso do Sul. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) revelam que o volume desse combustível comprado pelos postos do estado em junho foi o maior dos últimos 17 anos para esse mês.
A paralisação terminou oficialmente no dia 30 de maio. No dia seguinte, a tabela da Petrobras foi modificada e o produto despencou de R$ 2,1016 para R$ 2,0316.
Na prática, o desconto total aos consumidores beirou os R$ 0,46 graças a ajuda do Governo Estadual, que reviu a pauta fiscal (valor usado como referência para a cobrança do ICMS) e ainda reduziu o imposto de 17% para 12%.
Conforme a ANP, as distribuidoras venderam 118.920 metros cúbicos de diesel aos postos em junho. Em maio, o volume tinha sido 81.979 metros cúbicos.
Embora os dados não se refiram especificamente à venda do produto aos cidadãos, acabam refletindo o comportamento dos consumidores, já que os estoques são renovados proporcionalmente à demanda.
Nesta semana, o Governo Federal anunciou que manterá o desconto no diesel até o fim do ano. As compras desse combustível pelos postos atingiu a marca de 612.947 metros cúbicos.
O gerente executivo do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Edson Lazaroto, afirma que essa medida será benéfica para o setor, principalmente diante do momento pelo qual atravessa a economia.
“Em nosso Estado, a redução da alíquota do ICMS deu mais um fôlego tanto para a revenda como também para o consumidor. Em geral, cremos que foi muito benéfico tal procedimento”, afirmou ao Campo Grande News.