O Ministério da Economia atualizou nesta 6ª feira (4.set.2020) a estimativa para o deficit primário do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) para R$ 866,4 bilhões em 2020.
Se confirmado, será o pior resultado da série histórica, iniciada em 1997. A cifra corresponde a 12,1% de tudo que é produzido pela economia em 1 ano.
O dado consta em balanço das medidas de combate ao novo coronavírus. Eis a íntegra.
O cálculo levou em conta uma projeção de queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,7% neste ano. Antes, o governo estimava deficit de R$ 787,4 bilhões em 2020 (11% do PIB).
Esse aumento das despesas do governo está relacionado com a pandemia de covid-19. São previstos R$ 584 bilhões para financiar investimentos em hospitais, programa anti-emprego e o socorro à Estados e municípios, por exemplo.
Só com o coronavoucher –como o auxílio emergencial é chamado pelo governo–, serão gastos R$ 321,8 bilhões até o final do ano. O benefício começou com 3 parcelas de R$ 600. Depois, foi prorrogado por mais 2 duas com o mesmo valor. Nesta semana fez uma nova extensão do benefício: mais 4 parcelas de R$ 300.
Por conta do estado de calamidade pública, o governo não precisará cumprir neste ano a meta de deficit primário, de R$ 124,1 bilhões. Ou seja, pode se endividar acima do esperado no orçamento para focar no combate à crise econômica e à pandemia de covid-19.
Fonte:Fenafisco