Campo Grande (MS) – Dez municípios de Mato Grosso do Sul integram a lista da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) que engloba as 500 cidades mais desenvolvidas do país. O resultado é baseado em médias de três áreas de estudo –Emprego e Renda, Educação e Saúde– que integram o IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal). Isoladamente, porém, o Estado têm alguns destaques e um mérito: não tem nenhum município em baixo estado de desenvolvimento.
As notas variam de 0 a 1, isto é, quanto maior, mais desenvolvida é a cidade. Cada item tem sub-avaliações, que envolvem desde a geração de emprego formal aos índices de abandono do Ensino Fundamental e número de óbitos infantis por causas evitáveis. Toda a base de dados é referente a 2016, sendo divulgada nesta quinta-feira (28).
Notas de 0,0 a 0,4 são tratadas como baixo estágio; 0,4 a 0,6 representam desenvolvimento médio; 0,6 a 0,8 desenvolvimento moderado e 0,8 e 1,0 alto estágio de desenvolvimento. Conforme o estudo, a cidade do Estado com melhor nota é São Gabriel do Oeste –a 120 km de Campo Grande–, com média 0,8401. Primeira em Mato Grosso do Sul, ela é a 126ª no ranking nacional.
Na sequência, no Estado, aparecem Três Lagoas (0,8210, 234ª no ranking nacional), Rio Brilhante (0,8189, 257ª), Campo Grande (0,8145m, 299ª), Dourados (0,8101, 340ª), Naviraí (0,8027, 403ª) e Chapadão do Sul (0,8015, 415ª), que ainda atingiram quociente de alto estágio de desenvolvimento.
Selvíria (0,7962, 475ª colocada nacional), Água Clara (0,7948, 490ª) e Costa Rica (0,7942, 499ª), com índices de desenvolvimento moderado.
No outro extremo do ranking, as cidades com as piores notas do Estado aparecem com notas que as colocam em desenvolvimento médio: Tacuru é a última colocada, com nota 0,5022 (a 5.186ª do Brasil). O grupo ainda conta com Paranhos (0,5584), Sete Quedas (0,5597), Japorã (0,5684), Coronel Sapucaia (0,5829), Eldorado (0,5879) e Antônio João (0,5989).
Em comum, estão os fatos de que todas essas cidades estão localizadas na região de fronteira com o Paraguai, contando com grande contingente de populações indígenas em aldeias.
Setorizado
Setor apontado como o mais sensível à crise que atingiu em cheio a economia brasileira a partir de 2014, a geração de emprego colocou algumas cidades do Estado em lugar privilegiado nacionalmente. Selvíria e Água Clara, por exemplo, figuram em 5º e 11º lugar no quesito Emprego e Renda, com notas de 0,882 e 0,7925, respectivamente.
Dourados aparece na 30ª posição nacional, com Três Lagoas em 65º e São Gabriel do Oeste na 67ª colocação. Rochedo chama a atenção, por aparecer em sexto lugar no Estado e na 85ª posição nacional, à frente de Campo Grande (138ª no Brasil), Rio Brilhante (159ª), Angélica (252ª) e Caarapó (278ª).
Nas duas outras áreas, porém, as administrações municipais sul-mato-grossenses deixaram a desejar. Na Saúde, Vicentina aparece como a melhor colocada no Estado e a 68ª do Brasil (a segunda em Mato Grosso do Sul é Rio Brilhante, 202ª no Brasil). Já em Educação, a melhor colocada no Estado é Costa Rica, apenas a 339ª no ranking da Firjan.
Campo Grande, por sua vez, aparece em 9º na Saúde em Mato Grosso do Sul (é a 758ª do Brasil) e em 11º no Estado em Educação (apenas a 1.185ª nacional).