Campo Grande (MS) – Na segunda-feira (8/11), 27 servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram exoneração de seus cargos. O órgão é o responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que ocorrerá em 13 dias – nos dias 21 e 28 de novembro. Os pedidos são divulgados a partir da conhecida insatisfação dos servidores do órgão com a atual gestão de Danilo Dupas, presidente do Inep.
No pedido de exoneração, eles citam a “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”. Além disso, os servidores afirmam que a solicitação “não se trata de posição ideológica ou de cunho sindical” e reafirmam o compromisso com as metas institucionais do Inep para este ano.
Na última quinta-feira (4), os funcionários públicos realizaram assembleia para denunciar Dupas pela má gestão, assédio moral e intimidação.
As exonerações ocorreram um mês e meio depois do pedido de demissão de Daniel Miranda, ex-diretor de tecnologia do Instituto e responsável pela versão digital do Enem. Daniel Miranda foi substituído por Roberto Santos Mendes.
Procurada pelo Correio Braziliense, a instituição ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Entenda – exoneração de coordenadores
Na semana passada, dois coordenadores do Inep pediram demissão: Hélio Júnio Rocha Morais, coordenador-geral de Logística da Aplicação, e Eduardo Carvalho Sousa, coordenador-geral de Exames para Certificação. Os pedidos foram registrados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI).
Hélio e Eduardo trabalhavam diretamente com a organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), entre outros.
Os pedidos de demissão de Morais foram registrados no dia 5 de novembro e o de Souza no dia 3. Ambos pedem o desligamento dos cargos e dos encargos de fiscais de contratos do Enem, Encceja e de outras avaliações.
A exoneração ocorreu em meio a publicação da insatisfação dos servidores com a atual gestão de Danilo Dupas Ribeiro, Presidente do Inep.
Na carta divulgada pela Associação dos Trabalhadores do Inep, a associação relata que há casos de “assédio moral, desmonte nas diretorias, sobrecarga de trabalho e de funções e desconsideração dos aspectos técnicos para a tomada de decisão”. Diante disso, os servidores alertam para possíveis vulnerabilidades de exames, avaliações, censos e estudos realizados pela autarquia.
Fonte: Correio Braziliense