Em evento promovido pelo grupo Lide, em Nova York, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PR), que foi relator da PEC da reforma tributária no ano passado, diz que a regulamentação precisa guardar o princípio da justiça social
Nova York — A reforma tributária que não eleve a carga de impostos e políticas sociais sustentáveis, que caibam dentro do orçamento, foram duas reivindicações feitas por autoridades e empresários no Lide Brazil Investment Forum, em Nova York. Com a experiência de quem relatou a emenda constitucional da reforma tributária na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro foi incisivo: “Há um ano, estive aqui e falamos da reforma tributária, àquela altura tratada com desconfiança e descrença. No fim do ano, estava aprovada. Foi um marco histórico e não podemos perder o objetivo maior de justiça social. Não podemos permitir que numa regulamentação haja aumento de impostos”.
A fala de Aguinaldo foi seguida, no último painel, pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, que foi direto ao cobrar do governo parcimônia em relação aos gastos. “É preciso que as políticas públicas caibam no orçamento e que avancemos em uma maior progressividade de tributos em relação à renda”, disse Sidney.
Os empresários elogiaram o atual cenário econômico e defenderam o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Luz Carlos Trabucco Cappi, do Bradesco, considera que o país tem bônus suficientes para se tonar o país do futuro: “É preciso pragmatismo para fazer um Brasil mais respeitado na cena internacional”, comentou.