A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quinta (24), de uma live promovida pela Associação Nacional de Executivos (Anefac) para debater os impactos da Reforma Tributária na cadeia do agronegócio.
O coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, destacou os avanços conquistados pelo setor em relação ao texto original apresentado pela Câmara dos Deputados. Segundo ele, a mobilização da CNA contribuiu para que o texto final assegurasse benefícios relevantes ao produtor.
“O agro assegurou algumas conquistas: a redução da alíquota em 60% para insumos agropecuários, a venda sem tributo de hortaliças e frutas, e a redução de 100% de imposto nos produtos da cesta básica”, ressaltou.
Segundo Conchon, o novo modelo tributário trará melhorias em relação ao sistema atual. “Haverá uma série de diferenciações que nos aproximarão bastante do sistema alinhado com as boas práticas internacionais, muito melhor que o sistema atual”.
Ele também alertou que os produtores precisarão estar preparados para as mudanças. “A implementação começa a partir de janeiro de 2026. A CNA e o Senar estão ao lado do produtor para mostrar esse passo a passo. A nossa preocupação sempre foi que o brasileiro não pague mais pelos alimentos por conta do aumento tributário e que a reforma garanta competitividade ao nosso setor frente aos outros países”.
Questionado sobre o Comitê Gestor da Reforma Tributária, que será responsável pela transição do atual modelo para o novo, Conchon informou que a expectativa é de que ele seja instalado entre setembro e outubro.
“O Projeto de Lei Complementar (PLP) 108, que regulamenta o Comitê Gestor, está em discussão no Senado Federal, com a relatoria do senador Eduardo Braga. Após a aprovação, o texto retorna para a Câmara dos Deputados e depois, para sanção presidencial. A expectativa é que aconteça em meados de setembro e outubro”.
A live foi mediada pela diretora executiva da Anefac, Adriana Mello, e contou com a participação de Fernanda Malta, da CHS Agronegócio, e do advogado da Anefac, Marcos Grigoletto. Confira.