Agenda cultural tem dança, teatro, música e cinema

Publicado em: 03 jun 2022

Campo Grande (MS) – Além das quase três décadas que separam “Jurassic Park” (1993) do terceiro “Jurassic World”, que estreou ontem nos cinemas de todo o País, inclusive em Campo Grande, parece haver um fosso de criatividade entre a primeira e a sexta produção da franquia erguida por Hollywood a partir da história original de Michael Crichton.

E, na comparação, o novo filme – “Jurassic World: Domínio” – perde de lavada para “Parque dos Dinossauros”, dirigido por Steven Spielberg, que deu início à saga na telona.

O tão elogiado pacote de efeitos especiais, uma mágica da computação gráfica de ponta nos anos noventa, encantava os olhos diante da recriação dos dinos que habitavam uma ilha isolada. Na ilusão da sala escura, os bichos gigantes são recriados a partir de DNA pré-histórico.

Somada a isso, a moral da história, tecida por um roteiro afiado e envolvente, apontava para uma lição, hoje, talvez ainda mais atual e vigente, segundo a qual o uso indiscriminado, irresponsável e avarento do conhecimento científico, em vez de salvar o mundo, pode levá-lo à destruição.  

Para completar, Laura Dern, Sam Neill e Jeff Goldblum brilharam como o trio de protagonistas. Respectivamente, como a paleobotânica Ellie Sattler, o paleontólogo Alan Grant e o matemático Ian Malcolm.

NINGUÉM SALVA

Nem o retorno dos três atores ao elenco parece ter livrado o novo longa da mixórdia. Os críticos e cinéfilos que assistiram às sessões especiais antes da estreia em circuito foram, até agora, unânimes ao reservar o último lugar do ranking, entre os seis filmes produzidos, para o recém-lançado “Domínio”. Mas, afinal, o que o longa dirigido por Colin Trevorrow apresenta de tão ruim?

A ameaça, desta vez, são gafanhotos geneticamente modificados. As pequenas criaturas podem detonar as lavouras de todo o planeta, deixando a humanidade refém de uma multinacional gananciosa e sem nenhum escrúpulo, que também planeja lucrar muito com os dinossauros.

Com os humanos ambientando-se à presença dos dinos, gancho que já estava presente em “Jurassic Wold: Reino Ameaçado” (2018), o quinto filme da franquia, é essa a demanda que leva o trio Ellen-Alan-Ian de volta à ação.

Os personagens principais do longa de 2022 são o casal Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) e a adolescente Maisie Lockwood (Isabella Sermon), que surgiu no filme anterior como clone da herdeira do primeiro parque.

Quando a jovem é sequestrada pelo todo-poderoso da tal empresa, Lewis Dodgson (Campbell Scott), Owen e Claire deixam seu refúgio nas montanhas e partem para uma reserva de dinossauros, na Europa, em busca da moça. Até aí, tudo bem. Papo reto para um filme de aventura de sabor familiar e final comovente.

PASTICHE

O problema é que “Jurassic Park: Domínio” afiança o seu desempenho, demais, nas referências aos filmes anteriores, em especial o primogênito de Spielberg, sem, aparentemente, oferecer nada em troca em termos de novidade ou que, ao menos, possa turbinar o que se vê na tela, limitando-se ao pastiche deslavado.

Os plots laterais, como o drama familiar de terceira categoria que corre em paralelo, também não ajudam muito e só servem para empolar a trama, que nem da tecnologia se serve a contento para que as duas horas e meia (!) de duração passem mais depressa.

Dificilmente vai bater a renda de um bilhão de dólares do “Jurassic” original. Mesmo assim, vai encher o bolso da Universal Pictures e das empresas que exploram a milionária cadeia de produtos licenciados a partir do filme. Em cartaz nos três complexos de salas dos shoppings da Capital, em versões dubladas, legendadas, 2D e 3D. Classificação indicativa: 12 anos.

MAIS CINEMA

Os cinemas de shoppings mantêm em cartaz os blockbusters “Top Gun: Maverick” e “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”. A melhor pedida, entre os filmes disponíveis, talvez seja “O Homem do Norte”, em sessão única, às 16h50min, na sala 1 do Cinemark do Shopping Campo Grande.

“A Luta pela Fé – A História do Padre Stu”, com Mark Wahlberg fazendo o personagem do título, somente em versão dublada, na sala 6 do UCI Bosque dos Ipês, é outro longa que merece uma conferida. Sob medida para quem gosta de histórias – nesse caso, baseada em fatos reais – de sofrimento e de superação que encharcam o lenço do espectador. A diretora do filme, Rosalind Ross, é casada com o ator Mel Gibson.

TAMBÉM NO BOSQUE

Mas nem só de cinema se faz um fim de semana. Para os fãs do rolê de shopping, é lá mesmo que se pode encontrar outras opções de lazer e entretenimento. Por exemplo, o Bosque dos Ipês (Av. Cônsul Assaf Trad, nº 4.796, Parque dos Novos Estados) oferece, pelo menos, quatro dicas para amanhã, bem diferentes entre si.

Das 12h às 14h, o cantor Patrick Sandin, que integrou a banda Dona Nega, embala a praça de alimentação ao ritmo do reggae, apresentando o que chama de “versão regional” do gênero jamaicano que tanto agrada os brasileiros. Às 15h, no espaço Arena Bosque, o espetáculo “Batucando Histórias” combina brincadeiras, música e interatividade em cantigas de mensagens educativas para envolver as crianças e toda a família.

XADREZ E CARANGOS

Das 15h às 19h, a praça de alimentação tem uma área reservada exclusivamente para o Xadrez Capivara, um torneio amador por equipes em ritmo rápido (10 min com possível acréscimo de 5 min) do jogo de tabuleiro, que também é considerado um esporte. Inscrições gratuitas pelo WhatsApp (67) 99895-9137. E, das 17h às 22h, no estacionamento do acesso C, o DDR Tour reúne quem curte exposição de automóveis customizados. A entrada é franca para os pedestres.

SHOWS

Na Cervejaria Canalhas (Rua Dom Lustosa, nº 214, Seminário), apresentam-se as bandas de rock Cold Cane (R$ 15), nesta sexta-feira, e Foogha (R$ 20), de repertório grunge, amanhã. A casa abre às 17h, e os shows começam por volta das 19h. Mais informações: (67) 98187-8194.

O Sextou na Praça (Praça Ary Coelho) desta sexta-feira, a partir das 18h30min, apresenta as cantoras Erika Espíndola e Marta Cel. A primeira traz a influência de gêneros como o rock, o blues e o folk. A segunda aposta em outras vertentes da música negra, como jazz, soul, samba-rock, samba, além de MPB e bossa nova.

DANÇA E CIRQUIM

O Sextou é uma iniciativa do Sesc Cultura, que também promove o Sábado do Agito, no Parque do Lageado (Rua Anselmo Selingard, nº 1.261), com oficina da Cia Dançurbana, às 16h, e a comédia teatral infantil “O Grandioso Mini Cirquim” com o grupo Circo do Mato.

Fonte: Correio do Estado

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