Bolsonaro chama Petrobras de “monstrengo” e admite privatização

Publicado em: 11 nov 2021

Campo Grande (MS) – O  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou a Petrobras de “monstrengo” e admitiu estudos para privatizar apenas uma parte da estatal. Essa é a primeira vez em que Bolsonaro sugere a venda parcelada da empresa.

Em entrevista, o presidente afirmou ter entrado em contato com área econômica para tratar sobre o tema. A diretoria da estatal, no entanto, informou há algumas semanas não ter sido informada sobre os estudos de venda da petroleira .

“Não tenho ingerência sobre a Petrobras, tanto que espero privatizar parte dela, o que não é fácil. Já entrei em contato com a equipe econômica”, disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Cultura do Espírito Santo .

Bolsonaro aproveitou para criticar o lucro dos acionistas da estatal, sendo que a União recebe a maior parcela. Ele diz que a empresa não oferece bons lucros para seus sócios.

“A Petrobras é um monstrengo, é uma coisa estatal, tem monopólio e vive em função dela. Ela vive das legislações existentes para que os acionistas nunca tenham, não digo prejuízo, mas lucro bom”, completou.

Bolsonaro já havia dito estudar a venda da Petrobras. As declarações foram apoiadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que  afirmou ter vontade de vender a empresa em até 10 anos.

No entanto, parlamentares e especialistas contestam os argumentos do Palácio do Planalto sobre os lucros da Petrobras e afirmam que a estatal é a principal empresa pública do país. No terceiro trimestre,  a petroleira lucrou R$ 31,1 bilhões.

Preço dos combustíveis

Continua após a publicidade

Bolsonaro voltou a se eximir da culpa pela alta no preço dos combustíveis. Em entrevista, o presidente reafirmou que o ICMS dos estados são os principais culpados e disse que não pode interferir na política de preços da Petrobras.

De acordo com Jair Bolsonaro, o valor do combustível repassado cobrado nas refinarias é pequeno, mas, caso ele mandasse reduzir o preço, o consumidor só sentiria os efeitos nas bombas após seis meses.

Fonte: Brasil Econômico

  • Compartilhar:
  • Facebook
  • Facebook
  • Facebook