Campo Grande (MS) – Ainda sem um aceno do governo federal nas negociações salariais, os servidores continuarão em greve por tempo indeterminado, segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) e o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF).
O Sinal explicou que, na terça-feira (5/4), após uma reunião com membros do governo, não houve uma “proposta oficial”. O presidente do sindicato da categoria, Fabio Faiad, se reuniu à tarde com o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, Leonardo Sultani. Mas as conversas não avançaram. Os servidores do BC reivindicam reajuste de 26,3% e reestruturação da carreira. Um analista do Banco Central recebe, em média, R$ 26,2 mil mensalmente.
Com o impasse, a paralisação continuará, com expectativa de ampliação de mais de 60% dos servidores da autarquia. A greve do BC preocupa, pois, segundo os servidores, pode afetar as operações envolvendo o Pix (serviço de pagamento instantâneo).
Na segunda-feira, o protesto dos servidores suspendeu a divulgação do Boletim Focus, aplicação de taxas financeiras, o monitoramento e a manutenção do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e da mesa de operações do Demab, atendimento ao público, a distribuição de moedas e cédulas.
“Devido à greve em curso no BC, o relatório Focus, o Indeco e o Relatório de Poupança não serão divulgados nas datas previstas para a próxima semana (4 a 8/4). Oportunamente, informaremos as datas de suas respectivas publicações. O aviso sobre as novas datas será dado com pelo menos 24 horas de antecedência”, informou o BC na tarde de ontem.
Fonte: Correio Braziliense