Campo Grande (MS) – Os servidores do Tesouro Nacional aprovaram, na terça-feira (17/5), greve por tempo indeterminado. A medida foi votada em assembleia da categoria durante a tarde. A deliberação para cruzar os braços veio depois da falta de resposta por parte do governo sobre a solicitação dos funcionários, que pedem reestruturação para as carreiras de Finanças e Controle.
Na última sexta-feira (13/5), 70% dos servidores com cargos comissionados entregaram as funções. Um ofício com a decisão foi encaminhado ao secretário Paulo Fontoura Valle.
A categoria pede recomposição salarial, reestruturação de carreiras, exigência de nível superior para ingressar nos cargos da carreira e alinhamento remuneratório com carreiras correlatas do Executivo federal.
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, o Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira, ressaltou que o prazo legal para reajustes em ano eleitoral está próximo do fim.
“Os servidores do Tesouro Nacional aprovaram a intensificação da mobilização. Não abrimos mão de defender a nossa carreira e nossas instituições”, explicou. Atualmente, servidores federais do Banco Central e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve para pressionar o governo Jair Bolsonaro (PL) pelo reajuste prometido às categorias.
Nesta terça-feira, o mandatário afirmou que “lamenta o poder aquisitivo dos servidores públicos”, em especial o dos militares da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Lamentamos o poder aquisitivo dos servidores públicos, mas tenho certeza de que brevemente isso será recuperado. Em especial [o da] nossa Polícia Rodoviária Federal [PRF], que está nos acompanhando neste momento”, iniciou o presidente.
“Lamentamos a perda do poder aquisitivo por essas questões da política do ‘fica em casa e a economia a gente vê depois’ e também por causa de uma guerra lá fora, mas estamos voltando à normalidade”, completou.
Fonte: Metrópoles