quinta-feira, abril 24, 2025
spot_img
HomeGOVERNO MSCerca de 20 mil podem ser demitidos no MS com suspensão da...

Cerca de 20 mil podem ser demitidos no MS com suspensão da desoneração da folha

Estimativas do Setlog/MS também apontam para outros “efeitos”, como aumento substancial das tarifas de frete e “quebra” de empresas do setor

A decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspende a lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento, deve resultar na demissão de cerca de 20 mil pessoas que trabalham no setor de Transportes a partir do dia 20, segundo estimativa do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Estado de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS).

No Estado, o setor emprega pelo menos 100 mil pessoas, entre empregos diretos e indiretos, mas com a suspensão da desoneração, o Sindicato prevê um grande número de demissões, o que pode resultar em impactos sociais e econômicos para todo o Estado.

A decisão do STF foi proferida por meio de liminar concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) 7633, em que o governo questiona a validade de dispositivos da Lei 14.784/2023, que prorrogava a desoneração da folha de pagamento até 2027.

Dorival de Oliveira, gerente do Setlog/MS, explica que essa medida foi amplamente discutida, e que o questionamento por parte do governo traz prejuízos ao Brasil. “O governo insiste em questionar uma medida que foi amplamente debatida no Congresso Nacional e aprovada pelos parlamentares no ano passado. Isso causa insegurança jurídica, desemprego e retração na economia”, pontuou.

Com a suspensão da lei, a partir de 20 de maio, as empresas terão que pagar ao governo 20% sobre a folha de pagamento em vez de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Segundo estimativas de associações e sindicatos, a oneração resultará na demissão de mais de 1 milhão de brasileiros em todo o país.

No setor de Transportes, se estima que, caso a decisão seja mantida, também ocorra um aumento substancial das tarifas de frete praticadas atualmente, além de um recrudescimento da inflação, demissão de uma parcela significativa dos colaboradores e a “quebra” de empresas do segmento.

A decisão monocromática de Zanin ainda será submetida ao Plenário Virtual do STF.

Fonte: JD1 Notícias

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mais Populares