Campo Grande (MS) – O Índice Geral de Desempenho Indústrial (IGDI), de Mato Grosso do Sul, verificado pelo Radar Indústrial da Federação das Indústrias (Fiems), apontou que pelo terceiro mês consecutivo, o índice obteve crescimento médio positivo de 1,1%, somando 53,1%, no mês de agosto.
A fundamentação do IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses.
Já no setor produtivo é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que esse desempenho é resultado de uma relativa estabilidade na participação das empresas com produção crescente ou estável que, em agosto, alcançou 78,8% do total. “Somado também ao crescimento na participação das empresas que contrataram no mês, saindo de 9,7% em julho para 11,8% em agosto”, detalhou.
Resende ressalta que também contribuíram para o resultado, as elevações observadas nos índices de confiança e intenção de investimento. “Contudo, cabe salientar que, no comparativo com o mesmo mês do ano passado, todas as variáveis apresentaram resultados inferiores, sinalizando uma redução no ritmo de expansão”, informou.
Análise conjuntural
O economista da Fiems reforça que essa condição pode estar associada a eventos que impactaram o ambiente produtivo mais recentemente. Ele cita como exemplos a greve dos caminhoneiros, o aumento das pressões inflacionárias decorrentes das elevações do dólar e do preço dos combustíveis e, claro, das incertezas derivadas do atual processo eleitoral.
“Ainda assim, com todos os resultados consolidados, o IGDI permanece acima dos 50 pontos, sinalizando que, na média geral, o desempenho em agosto foi melhor que o do mês anterior, segundo a percepção dos empresários respondentes”, pontuou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.