Privatização é mais uma bravata do governo Bolsonaro

Publicado em: 13 maio 2022

Campo Grande (MS) – O governo Bolsonaro não cumpriu sua promessa da campanha e nada privatizou nestes três anos de governo. Agora, faltando cinco meses para o primeiro turno, o novo ministro de Minas e Energia. Adolfo Sachsida, que assume no meio de uma crise, vem falar em privatizar a Petrobras em seu primeiro ato.

— Ainda como parte do meu primeiro ato, solicito também o início dos estudos tendentes a proposição das alterações legislativas necessárias à desestatização da Petrobras — afirmou o novo ministro. Privatizar a Petrobras é algo muito complexo. Uma empresa deste tamanho ficaria em um monopólio privado, precisaria de outra modelagem. O assunto deveria ter sido estudado desde o primeiro dia de governo. 

É mais um factoide como se dizia antigamente. Fake news como se fala atualmente. Mas eu prefiro dizer que é  bravata. Sachsida sabe que não vai fazer. Cria-se mais uma cortina de fumaça em torno do presidente que usa o preço do combustível para fazer uma preparação para o palanque. Que vai usar o fato de ter demitido dois presidentes da Petrobras e um ministro para dizer que a Petrobras é culpada pelos altos preços. Fará isso para tentar se livrar da impopularidade do aumento de combustível, já que ele não sabe o que fazer a respeito do assunto.

Tudo faz parte do jogo do governo. Tanto o novo ministro de Minas e Energia que fala sobre uma privatização que não irá acontecer, tanto o presidente que cria todo esse tumulto em torno de um problema inexistente, que é a suposta falha no sistema eleitoral brasileiro.

Este ano está caminhando para ser um ano conturbado porque o presidente da República propositadamente e tendo a ajuda das Forças, conspira contra as eleições livres e democráticas. Está usando o mesmo método de Donald Trump, que atacou o processo eleitoral o tempo todo e não quis reconhecer o resultado das eleições. O que ainda me surpreende é como o mercado financeiro é tão facilmente enganável.

Eles praticaram o autoengano em 2018 ao achar que uma pessoa intervencionista como Bolsonaro, que chegou a falar em fuzilar Fernando Henrique Cardoso, iria fazer um programa liberal. Evidentemente que ele não ia fazer. Agora, no final do mandato, o governo acena de novo para o mercado financeiro pedindo mais um voto de confiança para um segundo governo.

Fonte: O Globo

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