Renda Brasil com salário de R$300 deve furar teto de gastos no país

Publicado em: 08 set 2020

O Renda Brasil proposto pelo Governo Federal deve apresentar alguns problemas à economia do país por conta do seu valor.

Para além dos problemas com o valor, o Brasil ainda enfrenta esse ano a dívida bruta próxima aos 100% do Produto Interno Bruto e um déficit fiscal primário de 934 bilhões de reais.

Segundo a BTG Pactual, mesmo que o auxílio emergencial seja de 300 reais por mês, seria necessário unificar diversos benefícios sociais. Isso para não exceder o espaço fiscal de 15 bilhões de reais do orçamento. 

De acordo com o levantamento a única maneira de não furar o teto de gastos seria unificar os benefícios sociais atuais. Auxílios como o salário-família, Bolsa Família, farmácia popular, seguro defeso e abono salarial, por exemplo.

A ideia é aprovada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. Por outro lado, o presidente da república, Jair Bolsonaro, quer uma condição diferente que não necessite unir os benefícios. 

Os cálculos do BTG Percentual apontam que seria possível custear um benefício de 250 reais por mês para 22,5 milhões de famílias. Ou de 350 reais mensais a 15 milhões de famílias com um gasto de 15 bilhões de reais com a junção os benefícios. Assim respeitando também o teto de gastos. 

A proposta, no entanto, é atender a mais de 20 milhões de famílias com o valor de R$ 300. O custo total seria de mais de 78 bilhões de reais por ano, acima do teto de gastos. 

Nova roupagem do Bolsa Família dá vida ao Renda Brasil

A proposta do Renda Brasil é ser uma nova versão do Bolsa Família, estendendo o número de beneficiários. Hoje, o Bolsa atende 13,2 milhões de famílias, que recebem um benefício mensal de 193 reais.

De acordo com os dados da BTG, a forma de respeitar o teto de gastos é unificando alguns programas sociais. Com a união do Bolsa Família, seguro defeso, salário-família e farmácia popular, haveria espaço para pagar um benefício de 250 reais por mês a 15 milhões de famílias. 

 

Fonte: FDR

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