Campo Grande (MS) – As centrais sindicais se reuniram na última sexta-feira (18), em São Paulo para debater as próximas mobilizações contra o avanço da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Para as entidades, o texto aprovado em 1º turno na Câmara dos Deputados, “prejudicará fortemente os trabalhadores, retardando e impedindo o acesso à previdência para muitos, arrochando os valores do benefício de todos, além de outras mazelas. As lutas e mobilizações realizadas até aqui foram de grande importância. A luta continua e, por isso, é fundamental ampliar a mobilização, fortalecer e ampliar nossa unidade”.
No encontro, os dirigentes sindicais aprovaram um calendário de mobilizações que inclui um dia de mobilização nos Estados e em Brasília, no próximo dia 6 de agosto, data provável para iniciar/concluir votação do projeto em 2º turno na Câmara dos Deputados e um dia nacional de mobilização no dia 13 de agosto.
Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, o texto aprovado vai prejudicar a todos, principalmente os mais pobres: “Com a idade mínima (fixada em 65 anos para homens e 62 para mulheres), o aumento do tempo mínimo de contribuição e as novas regras para o cálculo do benefício a malfadada reforma vai exigir o aumento do tempo de trabalho para ter direito à aposentadoria e reduzir o valor dos benefícios para o conjunto da classe trabalhadora”.
“A emenda constitucional descarrega sobre as costas dos mais pobres o custo das mudanças, que devem subtrair do sistema previdenciário público em torno de R$ 1 trilhão no prazo de 10 anos”, ressalta Adilson.