Governo brasileiro pede ajuda aos EUA para reforma tributária

Publicado em: 23 jul 2018

Campo Grande (MS) – Um encontro na última sexta-feira (20) entre o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, o ministro brasileiro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, no hotel Palácio Tangará, em São Paulo, debateu formas para melhorar o clima de negócios no país. 

Apesar de fechado, a reportagem de o Valor apurou que a conversa foi rápida, de pouco menos de uma hora, e contou com representantes do governo brasileiro, CEOs de empresas americanas no Brasil, entre elas os bancos Goldman Sachs e J.P.Morgan. 

A autoridade americana aproveitou a viagem à reunião do G-20, o grupo das 20 maiores economias do mundo, que aconteceu no fim de semana em Buenos Aires (Argentina), para fazer uma parada estratégica em São Paulo. 

Segundo o Valor apurou, a conversa com Guardia e Ilan girou em torno de formas para melhorar o clima de negócios no país, como a simplificação de tributos, facilitação do comércio exterior e como manter o câmbio mais estável. 

Mnuchin também ouviu um pedido do governo brasileiro por assistência técnica nos esforços do país em busca de uma reforma tributária. Os EUA implementaram no fim do ano passado uma série de ações do gênero para impulsionar a atividade, como corte de tributos para empresas e indivíduos, além de mudanças na tributação de lucros pelas companhias no exterior e incentivos para a repatriação de recursos. 

Os representantes brasileiros pediram ainda apoio para ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Um acordo para evitar dupla tributação também foi mencionado na conversa, mas o tema ainda tem muito a avançar. Um organismo bilateral, o Conselho de Negócios Brasil – Estados Unidos, tem trabalhado em um plano para ajudar a encaminhar o processo.

De acordo com uma fonte a par do assunto, um dos temais atuais mais polêmicos, a imposição de tarifas protecionistas sobre produtos importados pelos EUA, não teria sido abordado. (Com informações do Valor Econômico)

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