Campo Grande (MS) – O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, vê a reforma tributária como essencial para o país, mas admitiu que só será possível realizá-la após a conclusão da reforma da Previdência.
— É absolutamente necessária a reforma tributária, mas só vamos ter uma discussão consistente se resolvermos o problema da Previdência. Do contrário, a despesa continuará crescendo — afirmou durante participação no Congresso de Mercado de Capitais, realizado em São Paulo.
O ministro lembra que, sem o equilíbrio dos gastos, há a necessidade de aumento de impostos para que as contas públicas não fiquem em uma situação ainda pior. Por isso, antes de mudanças na estrutura tributária, Guardia defende a manutenção do teto dos gastos e a aprovação da reforma da Previdência.
— O teto é um mecanismo importante e gradual e evitar um choque tributário para equilibrar as contas. Evidentemente que esse instrumento para ter equilíbrio precisa da reforma da Previdência — explicou.
A mudança no sistema tributário, que é uma demanda dos setores produtivos, passaria, segundo Guardia, por uma simplificação na cobrança dos tributos e na revisão de alguns beneficios. Com isso, Guardia acredita que será possível corrigir algumas distorções, citando que o imposto pago pelas empresas no Brasil, de 34%, é superior ao registrado em outros países. (Reprodução/Época)