Mais da metade do mercado aponta nenhuma credibilidade no arcabouço fiscal, mostra Quaest

Publicado em: 04 dez 2024

Mais de 70% dos agentes econômicos acreditam que novo marco fiscal deve se esgotar até final deste mandato de Lula

Mais da metade do mercado aponta que o arcabouço fiscal proposto pelo governo federal possui nenhuma credibilidade, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (4). A opinião foi apontada por 58% dos entrevistados.

Já 42% afirmaram ver pouca credibilidade, enquanto 0% disseram ter muita credibilidade na regra.

Qual o nível de credibilidade do Novo Arcabouço Fiscal?

Agentes econômicos apontam para insustentabilidade da regra por conta do nível dos gastos obrigatórios

O novo marco fiscal deu fim ao teto de gastos. A partir de então, as despesas do governo podem crescer entre 0,6% – em períodos de retração – e 2,5% – em momentos de expansão – acima da receita do ano anterior e com valores corrigidos pela inflação.

Dentro da banda, os gastos poderão crescer até 70% da variação da receita do ano anterior.

E o problema é que os gastos obrigatórios vêm crescendo num ritmo mais acelerado do que o permitido pelo arcabouço fiscal, de modo a pressionar a regra.

Hoje, mais de 90% dos gastos do governo são relacionados às despesas obrigatórias. Esses valores comprimem o espaço do orçamento dedicado aos gastos discricionários, os investimentos.

Com isso, a regra tende a caminha para sua inutilidade.

Nos padrões atuais, até quando a regra de gasto do arcabouço é sustentável?

Mais de 70% do mercado acredita que regra terá seu fim até fim do mandato de Lula.

A pesquisa ouviu economistas de 105 fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro.

Como é uma consulta em público específico, população finita sem cálculo de amostragem, o levantamento não tem margem de erro estimada, nem índice de confiabilidade. Indicadores assim só são produzidos quando se tem uma amostragem pre-definida, o que não acontece este caso.

A pesquisa ainda buscou entender até quando a regra de gastos do arcabouço deve se sustentar, na avaliação do mercado.

Mais de 70% dos agentes econômicos acreditam que o novo marco fiscal deve se esgotar até o final deste mandato de Lula.

Fonte: CNN

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