Campo Grande (MS) – O Congresso promulgou ontem a fatia da PEC dos Precatórios que permite elevar o valor do Auxílio Brasil a R$ 400. Mas o evento foi tudo, menos tranquilo. Senadores de oposição e independentes acusaram o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de violar os acordos que permitiram a aprovação da PEC, que parcela o pagamento de dívidas da União transitadas em julgado. Segundo eles havia a promessa de que o texto não seria fatiado e que a Câmara reanalisaria toda a proposta, não apenas as modificações feitas no Senado. Uma das mudanças é a vinculação dos recursos liberados pela PEC a benefícios sociais, saúde e previdência. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) acusou abertamente Pacheco de abrir uma “crise na Casa” e não cumprir acordos. O presidente do Senado reagiu, dizendo jamais ter feito acordo com ela. “Eu não descumpri acordo algum. Busco honrar compromisso, respeitar meus colegas”, afirmou. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu votar na próxima semana, direto no Plenário, as fatias que restaram. Mas, como temiam senadores, não se comprometeu com a aprovação de todas as mudanças. (g1)
A pesquisa Genial-Quaest divulgada na manhã de ontem já provocou uma mudança de estratégia nos pré-candidatos da dita terceira via, revela Bela Megale. Embora traga o ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) consolidado em terceiro lugar, com 11%, o levantamento mostra que ele tem a segunda maior rejeição: 61% dos eleitores não votariam nele. Apenas o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 64%, é mais rejeitado. Os partidos argumentam que Moro tem um “teto baixo” para crescer, mas poderia “agregar votos” como vice de um candidato menos rejeitado. (Globo)
Aliás… O MDB formalizou ontem o lançamento da senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata ao Planalto. Em seu primeiro mandato, ela ganhou visibilidade com sua atuação na CPI da Pandemia. (g1)
Uma manobra que congregou partidos da esquerda ao Centrão adiou novamente a votação do parecer do deputado Fábio Trad (PSD-MS) sobre a PEC que permite a prisão de condenados em segunda instância. Cerca de 20 dos 34 integrantes da comissão especial que analisa a proposta, todos favoráveis à medida, foram trocados pelos líderes partidários. Trad manifestou “perplexidade com a mudança súbita do quadro do colegiado” e retirou seu parecer da pauta para evitar uma derrota. (Folha)
Então… Conforme conta Igor Gadelha, deputados temem que, diante do impasse na comissão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decida arquivar a PEC sem que ela seja votada. (Metrópoles)
Fonte: Meio