Campo Grande (MS) – Os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul e três senadores devem escolher hoje (08.06), em reunião virtual, quem será o coordenador da bancada federal neste último biênio de seus mandatos.
A disputa pela função, que atualmente é exercida pelo senador Nelson Trad Filho (PSD), está polarizada entre dois deputados federais do PSDB: Rose Modesto e Beto Pereira.
O acordo informal dos parlamentares estabelece que o próximo coordenador terá de, necessariamente, ser um deputado federal, por causa do revezamento de representantes das casas.
O Correio do Estado apurou que a disputa entre os dois tucanos está acirrada e que nomes importantes do partido, como o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), foram escalados para buscar um entendimento entre os deputados do PSDB, na busca de um consenso.
Se não houver um acordo na disputa entre Rose e Beto Pereira é possível que o revezamento entre ocupantes das casas legislativas seja quebrado e que a senadora Simone Tebet (MDB) assuma a função de forma temporária, até uma nova escolha, em 2022.
O Correio do Estado apurou que as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (PSL) fecharam apoio à pretensão de Rose Modesto ser a coordenadora da bancada. O objetivo é de que o posto seja ocupado por uma mulher.
A escolha do coordenador da bancada federal deveria ter ocorrido em fevereiro deste ano, mas acontece em junho, com quatro meses de atraso. Uma das justificativas é o atraso na votação e na sanção do Orçamento da União, que ocorreu somente em março último.
A informação é de que vários parlamentares cobraram Nelson Trad Filho para que organizasse logo sua própria sucessão. Trad atribuiu a demora a “conflitos internos”.
“Os nossos decanos, Luiz Ovando (PSL) e Dagoberto Nogueira (PDT), que têm o maior tempo de Congresso Nacional, me pediram para continuar no cargo até que o impasse seja resolvido”, disse Trad.
A coordenação da bancada, embora seja um posto informal, garante muitas conexões. São os coordenadores que negociam diretamente com integrantes do primeiro escalão do governo federal, e também com relatores do Orçamento no Congresso, a elaboração, a destinação e a liberação das emendas.
No orçamento deste ano, está prevista a liberação de R$ 327 milhões em emendas parlamentares ao Estado.
“A última vez que isso ocorreu na bancada foi com Antônio Carlos Biff e Ramez Tebet, no início dos anos 2000, e foi muito prejudicial para o Estado”. Nelson Trad Filho, senador pelo PSD.