Empresas deverão revisar sistemas e estratégias fiscais para se adequarem às alterações trazidas pela reforma tributária.
Com a aprovação da reforma tributária, as empresas brasileiras enfrentam um cenário de mudanças significativas nos processos fiscais e contábeis. A criação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que unificará tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS, trará uma nova sistemática de apuração de impostos, exigindo que as organizações revisem suas práticas atuais para garantir conformidade com as novas normas.
Uma das mudanças mais significativas será a reconfiguração das alíquotas e seus valores, o que demandará adaptações nos sistemas de gestão tributária. Segundo especialistas, essas alterações podem implicar investimentos adicionais em softwares, treinamento de equipes e contratação de serviços especializados. O doutor em Direito Caio Bartine observa que o ambiente tributário brasileiro é dinâmico, mas as transformações previstas pela reforma serão ainda mais profundas, tornando indispensável o monitoramento contínuo e ajustes estratégicos nas operações empresariais.
“É essencial investir na capacitação das equipes responsáveis por questões fiscais e tributárias. Isso permitirá compreender os impactos das novas regras e ajudar na tomada de decisões estratégicas, minimizando riscos de autuações e garantindo conformidade”, afirma Bartine.
A capacitação será um passo importante para que as empresas identifiquem oportunidades e se ajustem rapidamente às mudanças regulatórias.
Além das alterações no sistema de apuração, a reforma prevê o fim de muitos incentivos fiscais estaduais e benefícios setoriais, o que deverá afetar a carga tributária de diversas empresas. Caio Bartine explica que as mudanças podem trazer novas oportunidades para negócios que revisem suas operações e identifiquem regimes específicos de tributação que maximizem vantagens. Contudo, o fim dos incentivos pode representar um aumento nos custos operacionais e pressionar a margem de lucro.
A necessidade de ajustar estratégias de precificação será outra consequência direta das mudanças tributárias. Com as novas alíquotas unificadas e a extinção de benefícios regionais, as empresas precisarão reavaliar a composição de preços de produtos e serviços, considerando o impacto ao longo da cadeia produtiva. Esse cenário reforça a importância de um planejamento tributário eficiente, tanto para adequação às normas quanto para manter a competitividade no mercado.
Fonte: Jornal Grande Bahia