Quem é Bernard Arnault: pessoa mais rica do mundo

Publicado em: 19 dez 2022

Campo Grande (MS) – Bernard Arnault, presidente da gigante francesa de artigos de luxo LVMH, acaba de se tornar o primeiro europeu a liderar a lista da Bloomberg das pessoas mais ricas do mundo, relegando Elon Musk para o segundo lugar.

Agora valendo US$ 171 bilhões, a riqueza de Arnault eclipsou a fortuna de US$ 164 bilhões do CEO da Tesla na terça-feira, segundo o Bloomberg Billionaires Index. Arnault já havia tirado Musk do primeiro lugar na lista da Forbes de “Bilionários em tempo real” na semana passada.

O patrimônio líquido de Musk caiu US$ 107 bilhões este ano, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. A riqueza de Arnault, que vem de sua participação majoritária na LVMH, sofreu um declínio mais modesto de US$ 7 bilhões.

A divergência se deve em parte ao desempenho das ações das empresas nas quais o par possui ações. A compra do Twitter por Musk também não ajudou. Ainda assim, ele não corre o risco iminente de cair ainda mais na lista: sua fortuna continua confortavelmente maior do que a do industrial indiano Gautam Adani (US$ 125 bilhões) e do fundador da Amazon, Jeff Bezos (US$ 116 bilhões), que ocupam o terceiro e o quarto lugar no lista de Bloomberg.

Enquanto o preço das ações da Tesla caiu 54% este ano, as ações da LVMH se mantiveram estáveis, apoiadas por vendas robustas nos Estados Unidos e na Europa. O mercado de luxo permaneceu relativamente estável este ano, mesmo com o aumento da inflação levando os compradores menos ricos a mudar seus hábitos de consumo. A LVMH tem um valor de mercado de 362,4 bilhões euros (US$ 386 bilhões).

Mantendo um perfil baixo

Nascido em Roubaix, no norte da França, em 1949, Arnault formou-se na prestigiada École Polytechnique, uma escola de engenharia em Paris. Ele começou sua carreira na construtora familiar Ferret-Savinel, tornando-se presidente em 1978 após sucessivas promoções.

Seis anos depois, ele soube que o governo francês estava procurando um novo investidor para assumir a Boussac Saint-Frères. O grupo têxtil falido possuía um ativo importante: Christian Dior, uma célebre casa de moda francesa.

Arnault comprou o controle do grupo, retornando-o à lucratividade e embarcando em uma estratégia para desenvolver a empresa líder mundial em artigos de luxo. “No processo, ele revigorou Christian Dior como a pedra angular da nova organização”, de acordo com uma biografia no site da LVMH.

Arnault comprou o controle acionário da LVMH em 1989, dois anos depois que o grupo foi formado pela fusão da Louis Vuitton e da Moët Hennessy. Ele tem sido presidente e CEO da empresa desde então.

Embora seu próprio nome possa não ser imediatamente reconhecido por muitos, as marcas que Arnault ajudou a desenvolver – de Christian Dior a Dom Pérignon – tornaram-se nomes familiares.

Nas últimas três décadas, Arnault transformou a LVMH em uma potência de bens de luxo com 75 rótulos que vendem vinhos, bebidas espirituosas, moda, artigos de couro, perfumes, cosméticos, relógios, joias, viagens de luxo e estadias em hotéis. Ele abriu a primeira loja Louis Vuitton da China em Pequim em 1992.

Em janeiro de 2021, o grupo concluiu sua aquisição de US$ 15,8 bilhões da icônica joalheria americana Tiffany & Co, a maior aquisição da indústria do luxo.

Os empreendimentos filantrópicos de Arnault são realizados principalmente por meio da LVMH, que concentra seu patrocínio em artes e cultura. Em 2019, o grupo doou 200 milhões de euros (US$ 212 milhões) para ajudar a reconstruir Notre Dame após um grande incêndio que atingiu a catedral de Paris.

Arnault há muito detém o título de pessoa mais rica da Europa, mas o homem de 73 anos mantém um perfil muito mais discreto do que Musk e não é pessoalmente ativo em nenhuma das principais plataformas de mídia social. Em outubro, ele disse à Radio Classique, de propriedade da LVMH, que vendeu seu jato particular porque havia sido envergonhado no Twitter por seu uso frequente do avião.

Arnault é casado e tem cinco filhos, todos atualmente trabalhando na LVMH ou em uma de suas marcas, segundo a Bloomberg.

Fonte: CNN Brasil

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