Remédios ficarão mais caros; Procon-MS vai monitorar aumento

Publicado em: 29 mar 2022

Campo Grande (MS) – O Brasil segue vivendo os reflexos da inflação. Depois do aumento de itens que fazem parte do dia a dia de inúmeros brasileiros, os cidadãos enfrentarão o aumento de mais um produto indispensável: os remédios. 

A mudança entrará em vigor a partir desta sexta-feira (1), em todos os estados do país. 

O aumento anual, estipulado pela Câmara de regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), acompanha o índice da inflação e já estava programado para o mês de abril. 

Pessoas que fazem uso contínuo de medicamentos sentirão mais o impacto no bolso durante o próximo mês.

A expectativa, segundo economistas, é de que o acréscimo seja de 10 a 13%, número próximo ao reajuste do ano anterior, que ficou em 10,6%. O índice de correção ainda não foi divulgado pelo órgão regulador, entretanto já despertou atenção da Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon).

Para não ser ludibriado no período entre a atualização da CMED e o valor expostos nas prateleiras, o representante do Procon-MS, Marcelo Salomão, ressaltou que órgão não interfere no valor estipulado, mas que está atento a possíveis preços abusivos.

“ Enquanto não for direcionado o aumento, por parte das distribuidoras ou dos laboratórios de medicamentos para as farmácias de revenda, elas não podem alterar o preço. O Procon-MS respeita a liberdade de mercado, entende que é importante, mas essa liberdade não é indiscriminada.”, pontua. 

De acordo com o responsável, o Procon vai monitorar as ações das farmácias e caso encontre algum abuso no aumento da margem de lucro, sem um motivo justificável, o estabelecimento poderá ser multado. 

“Já determinei uma pesquisa de preço dos medicamentos mais consumidos na nossa capital para que os consumidores possam ficar atentos e, assim, ter uma compra mais saudável.”, friza Marcelo.

Entenda como é calculado o reajuste:

A correção é feita pelo Comitê Técnico-Executivo da CMED, órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 Para este ano a comissão definiu que dois fatores: Produtividade (P) e fator de ajuste relativo (F) fossem equivalentes a zero. 

O fator “P” é medido conforme a estimativa de lucros das empresas que fazem parte do setor farmacêutico no Brasil, ou seja, ganhos futuros. 

Já o fator “F” é equivalente a zero, conforme preveem as regras de uma resolução do comitê. Além desses, também entra no cálculo o fator “R”, que se refere ao ajuste de preços relativos entre setores e a inflação.

Fonte: Correio do Estado

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