Haddad irá “de gabinete em gabinete” para reverter benefícios

Publicado em: 01 jun 2023

Campo Grande (MS) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em evento na quarta-feira (31) que, se necessário, irá “de gabinete em gabinete” de ministros dos tribunais superiores para advogar pela revisão de benefícios fiscais.

“Hoje estou à disposição da Anelize [de Almeida], do Jorge Messias para ir de gabinete em gabinete para falar com os ministros do STF, do STJ, sobre riscos para o estado brasileiro de decisões que são tomadas sem todas as informações estarem prestadas sem o devido zelo”, disse.

Haddad participou de evento sobre contencioso tributário ao lado de Anelize de Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional, e de Jorge Messias, advogado-geral da União.

Durante sua participação, o ministro ainda destacou a importância do diálogo direto com membros do Judiciário e do Congresso Nacional para permitir a revisão de incentivos.

“Com o Congresso e o Judiciário bem informados, nós vamos conseguir reverter uma série de problemas que estamos vivendo”, disse Haddad se referindo a benefícios fiscais indevidos.

O petista enumerou vitórias recentes neste âmbito, como as mudanças na base do PIS/Cofins, no preço de transferência e a vitória no Superior Tribunal de Justiça (STJ) relativa à subvenção a custeio.

Na época em que o STJ votou o tema, inclusive, o ministro realizou uma “visita” ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que havia suspendido a decisão do STJ.

Fazenda mapeia potencial arrecadatório

governo federal listou, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, ações judiciais de natureza tributária em cortes superiores com potencial para impactar a arrecadação em até R$ 892,8 bilhões.

De olho na viabilidade da nova regra fiscal, que depende do aumento da arrecadação federal, a seção de riscos da LDO — onde são listadas as ações — ganha relevância para a política econômica do governo.

Há no total 19 processos com valores discriminados que podem impactar a arrecadação. Dezesseis deles correm no STF, enquanto outros três são referentes ao STJ.

Fonte: CNN Brasil

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