Japão avalia revisar atual sistema que cobra menos dos mais ricos

Publicado em: 13 dez 2022

Campo Grande (MS) – Os políticos do Japão avançarão com uma proposta de taxa mínima de imposto de renda voltada para pessoas com altos rendimentos, acima de 3 bilhões de ienes (US$ 22 milhões) por ano, apurou o “Nikkei Asia”.

O novo imposto mínimo seria fixado em 22,5% da renda após os primeiros 330 milhões de ienes. Se esse valor do imposto exceder o que seria pago pelo imposto padrão, a diferença seria cobrada.

A proposta visa corrigir um declínio tipicamente acentuado na carga tributária das pessoas quando sua renda excede 100 milhões de ienes. Os críticos argumentaram que a atual estrutura tributária é injusta para aqueles com renda mais baixa.

A coalizão governista incluirá o novo imposto mínimo nas alterações propostas ao código tributário para o próximo ano fiscal, que devem ser finalizadas ainda nesta semana. O novo imposto pode entrar em vigor em 2025, após um período de carência.

O novo imposto mínimo afetaria cerca de 200 a 300 assalariados no Japão. Para aqueles que ganham pelo menos 5 bilhões de ienes, a carga tributária aumentaria de 2% a 3%.

O imposto de renda progressivo do Japão tem uma taxa máxima de 45%. Mas a receita da venda de ações e imóveis é tributada separadamente em 15%. Muitos indivíduos ricos têm altas proporções dessa renda com impostos mais baixos.

As pessoas que ganham mais de 5 bilhões de ienes a 10 bilhões de ienes por ano têm uma taxa efetiva de imposto de 17,2% em média, de acordo com o Ministério das Finanças do Japão. Esse número inclui tanto o imposto de renda quanto as contribuições para a previdência social. A taxa efetiva para aqueles que ganham mais de 2 bilhões de ienes a 5 bilhões de ienes é de 20%.

Enquanto isso, aqueles que ganham mais de 50 milhões de ienes a 100 milhões de ienes pagam uma taxa efetiva de imposto de 28,7%.

Fonte: Valor Econômico


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