Candidato à Presidência pelo PSC, Paulo Rabello, que já dirigiu o IBGE e o BNDES quer um novo sistema tributário e o fim de um imposto vital para a indústria da ZFM, mas defende o modelo local
Campo Grande (MS) – O pré-candidato à Presidência da República Paulo Rabello (PSC) disse que pretende repensar um novo modelo de incentivos para a Zona Franca de Manaus (ZFM) para consolidar o parque industrial e garantir a manutenção das vantagens comparativas locais com a reforma tributária que o País precisa.
O anúncio foi feito em visita a REDE DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (RDC).
“Este polo pode estar fragilizado pela perda do incentivo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) porque temos que eliminar o IPI em uma reforma tributária. A ZFM está ancorada em uma distorção tributária nacional. O IPI é uma jabuticaba que só existe no Brasil e nós não podemos deixar de simplificar a estrutura tributária brasileira só porque a Zona Franca é beneficiária.Agora, isto não quer dizer que a Zona Franca não possa ter um novo estatuto que estabeleça a compensação pelas diferença no custo de transporte. Com certeza, temos que pensar e isto e este item faz parte do plano de 20 metas que pretendemos implantar no País”, afirmou.
Rabello, que já presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e também comandou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), criticou proposta do governo Michel Temer de reduzir incentivos de IPI para o polo de concentrados da ZFM.
É uma administração pontual que não interessa a Zona Franca de Manaus. Com certeza, incentivos quando são concedidos, devem ser de ampla utilização pelos beneficiários. Eu não posso fazer exceções a uma regra que eu mesmo criei. Se se quiser rediscutir a regra, este é o caso, rediscutir a própria regra do incentivo de IPI para todos, senão é querer administrar onde fica situado que indústria, uma vez que IPI é um tributo que incide sobre uma ampla gama de atividades”, disse.
O pré-candidato afirmou querer ser presidente com o objetivo de combater a corrupção e ausência de “efetivos” planos de governos. “O país está à deriva de ideias renovadoras. Eu acho que posso trazer estas duas atividades para o campo político. Mais do que uma ficha limpa, eu trago a minha história. São anos de sala de aula, anos de conduta correta como cidadão e anos de correta declaração do imposto de renda”, frisou. (Reprodução/Diário do Amazonas)