Campo Grande (MS) – Nunca antes na história do Brasil os presidentes da Câmara e do Senado assumiram seus postos assinando uma Carta compromisso em que, na prática, anunciaram que o Congresso comandará a política do país. Foi o que Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fizeram na manhã desta quarta-feira (3). Não foi uma declaração de guerra. Muito pelo contrário, foi um anúncio de boa vontade em relação aos poderes Judiciário e Executivo. Mas também foi um recado de independência enviado ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes: vocês não vão comandar a política do país.
O senador e o deputado assinaram o documento em público, dizendo que pretendem Nunca antes na história do Brasil os presidentes da Câmara e do Senado assumiram seus postos assinando uma Carta compromisso em que, na prática, anunciaram que o Congresso comandará a política do país. Foi o que Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) fizeram na manhã desta quarta-feira (3).
Não foi uma declaração de guerra. Muito pelo contrário, foi um anúncio de boa vontade em relação aos poderes Judiciário e Executivo. Mas também foi um recado de independência enviado ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes: vocês não vão comandar a política do país. O senador e o deputado assinaram o documento em público, dizendo que pretendem trabalhar juntos e que o combate à pandemia será a absoluta prioridade do Congresso. Ou seja, não pretendem seguir com o descaso que Bolsonaro tem demonstrado em relação ao assunto.
Também disseram que o Congresso dará prioridade a algum tipo de auxílio econômico emergencial aos mais pobres durante a pandemia. Algo em substituição ou continuidade ao auxílio que funcionou em 2020. Não que Guedes se coloque publicamente contra o auxílio. Mas esse nível de prioridade reforçado pelos dois comandantes do Congresso afasta qualquer hipótese de deixar o assunto abandonado. Em contrapartida, os dois acenaram com a bandeira branca para Guedes, com o anúncio de que também pretendem priorizar o ajuste fiscal. Sabe-se lá como, mas já disseram que partirão para a aprovação do Orçamento de 2021, que ainda não saiu do papel.
Enfim, os dois deram uma primeira demonstração de habilidade política: acenaram para a oposição com a independência do Congresso e, para o governo, com boa vontade. Mas deixaram ambos os lados desconfiados. E saíram dali para afagar Bolsonaro e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. É esperar para ver como fica.
Fonte:Uol