Campo Grande (MS) – O Governo de Mato Grosso do Sul deu início essa semana a uma rodada de reuniões com 36 sindicatos, associações e federações representativas dos servidores públicos para tratar da data-base do funcionalismo público estadual. Os debates são realizados na Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD), sob a coordenação do secretário-adjunto, Édio Viegas. O presidente do Sindifisco-MS, Cloves Silva esteve presente.
Apesar de buscar alternativas para atender demandas relacionadas ao reajuste salarial dos servidores, este ano o Governo do Estado informou que não será possível dar aumento às categorias. A justificativa é a crise mundial de saúde ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, que tem impactado a movimentação econômica global. Além disso, o Governo Federal condiciona o socorro financeiro a estados e municípios a concessão de reajuste “zero” aos servidores.
“Nossa prioridade número um é pagar os salários em dia, conforme determinação do governador Reinaldo Azambuja. Qualquer ampliação de despesa com pessoal nesse momento de crise impossibilitará o Governo de cumprir com suas obrigações. E nesse cenário, atrasar salário é muito mais penoso do que não ter reajuste salarial”, destacou o secretário.
“Entendemos o momento difícil e sabemos que essas questões terão que ser construídas em conjunto, com diálogo e aproximação do Governo com os servidores”, disse a presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado de Mato Grosso do Sul (Feserp/MS), Lílian Fernandes.
Técnicos da equipe econômica do Governo explicaram aos representantes sindicais que a partir do mês de junho o Estado não conseguirá manter as contas equilibradas sem ajuda da União. Por isso, Mato Grosso do Sul vai aderir ao programa de auxílio emergencial do Governo Federal para estados e municípios compensarem perdas de arrecadação provocados pela pandemia da coronavírus.
Aprovado pelo Congresso na semana passada, o projeto de lei que autoriza o socorro financeiro de R$ 702 milhões a MS ainda precisa ser sancionado pela Presidência da República. O texto foi aprovado pelos deputados e senadores com a possibilidade de concessão de reajuste salarial para algumas categorias, como profissionais da saúde e da segurança pública. Mas o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que pretende vetar essa condição.