Campo Grande (MS) – Com os governadores reclamando que os Estados estão à beira de um “colapso social”, o governo federal prepara um programa que poderá beneficiar até 11 unidades da federação, entre eles Mato Grosso do Sul, a um custo de, no máximo, R$ 10 bilhões por ano – abaixo dos R$ 24 bilhões gastos nos últimos dois anos para socorrer o Rio de Janeiro. A ideia é dar o aval da União a empréstimos com bancos públicos e privados e, em troca, os Estados terão que aprovar medidas para melhorar as contas, cortando despesas e aumentando receitas.
Para muitos Estados, no entanto, um ajuste suficiente para aderir ao programa só seria possível com mudanças previstas na reforma da Previdência, como a possibilidade de aumentar a alíquota de contribuição previdenciária do funcionalismo e o aumento da idade mínima para a aposentadoria de professores e policiais, que chega a tomar dois terços da folha de pagamento.
Em Mato Grosso do Sul algumas destas adequações já foram executadas e outras estão em andamento. Uma delas já implementada em 2017 foi elevar a alíquota de 11% para 14% para os servidores que ganham acima do teto. Também foi criada uma previdência complementar.