Campo Grande (MS) – O potencial de desenvolvimento do agronegócio de Mato Grosso do Sul e os caminhos pós-crise foram tema da live CBN em Ação, na terça-feira (29), com o ex-ministro da Agricultura, Pecuária, Roberto Rodrigues e o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, além de outros representantes do setor produtivo e empresarial.
Na ocasião, o ex-ministro enalteceu o potencial produtivo de Mato Grosso do Sul, mencionando nominalmente o secretário de Governo como motivo de orgulho para o MS: “Mato Grosso do Sul é um Estado extraordinário, tenho alguns dados que mostram o que aconteceu com o Estado neste ano em relação ao ano passado: a produção de soja cresceu 58%; produção de açúcar, 207%; MS é o segundo maior produtor de carne bovina, 5º de soja, 4º de milho, 2º de produtos florestais e 4º de cana de açúcar. É um baita Estado, com um povo maravilhoso. Tenho um orgulho enorme de estar no Mato Grosso do Sul encontrando colegas que ajudam a formar um Estado maravilhoso no sindicalismo, no cooperativismo, na sociedade civil, nas universidades e um governo que tem um homem como o Eduardo Riedel, tem que ter orgulho mesmo do que está fazendo”, destacou.
Roberto Rodrigues discorreu sobre o cenário do agro brasileiro em âmbito global, destacando as oportunidades e os desafios relativos à logística, seguro-crédito, imagem, diplomacia, tecnologia, defesa sanitária, organização e comunicação, com destaque para a visão de futuro: “Mato Grosso do Sul precisa avançar muito na agregação de valor, como o Paraná fez. Aí, com ação pública somada com a privada, vender não só commodities, mas produtos mais bem-acabados”, apontou.
“A diversificação da produção ajudou MS a ser o 6º mais competitivo do país”, aponta Riedel.
Durante a live, o secretário de Governo destacou a mudança do agronegócio no Estado e a redução da faixa de pobreza, de 40% para 5% em 2020, como fatores que impulsionaram Mato Grosso do Sul a ranquear entre os seis mais competitivos do país: “Agregada à essa transformação social, tivemos nos últimos quinze anos uma diversificação da matriz de produção com a safrinha, algodão, pecuária de leite, papel e celulose, acompanhada da industrialização – que é o primeiro passo na agregação de valor, tão bem colocada pelo Roberto como chave para nosso desenvolvimento”, destacou Riedel.
Riedel abordou com o ex-ministro também a questão do crédito internacional: “Neste momento de taxa de juros reduzida, quando vamos destravar esse capital financeiro em massa que está rodando o mundo para alavancar o agronegócio brasileiro?”, perguntou. “Eu diria que nosso problema é ter um sistema financeiro muito concentrado. Há uma espécie de grupo pequeno que toma posições de forma mais ou menos homogênea quanto ao crédito. Nós precisamos ampliar o mercado financeiro brasileiro e flexibilizar o uso desses papeis novos no financiamento do crédito rural. O Brasil demorou muito para perceber que uma saída liberal é melhor que uma saída estatal”, concluiu Rodrigues.
Também participaram da live, o vice-presidente do Sistema Famasul, Luis Alberto Moraes Novaes; o presidente da OCB/MS, Celso Régis (OCB-MS); o diretor do Grupo Master, Luiz Antônio de Souza Campos; o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Unigran EAD, professor Reginaldo José da Silva, além do jornalista e apresentador do CBN Agro, Éder Campos.
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