Nomeado conselho que vai decidir venda da MSGás

Publicado em: 20 set 2019

Campo grande (MS) – O governo de Mato Grosso do Sul deu na quinta-feira (19) um passo importante no processo para definir se a MSGás vai ser privatizada. Foi nomeado o Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização, subordinado diretamente ao Governador, a quem ficará responsável analisar e recomendar, ou não, a venda da companhia, criada no começo da década de 2000 para distribuir o gás vindo da Bolívia.

 

Conforme o decreto publicado no Diário Oficial, o conselho é formado por sete integrantes do alto escalão do governo do Estado, a maioria secretários de Estado, e ainda dois deputados estaduais. O organismo é previsto em lei desde 1996, no governo Wilson Barbosa Martins (PMDB), quando foi criado um programa estadual de desestatização, cujo negócio mais representativo foi a venda da Enersul, em 1997. 

Não envolve Sanesul e rodovia – Sob a responsabilidade desse conselho, está a avaliação de vendas de empresas no modelo tradicional. Outras negociação em estudo pelo governo, da Sanesul e da rodovia MS-306 estão a cargo de outro órgão, pois a forma escolhida foi a parceria-público privada. 

Integrante do conselho, a secretária especial de Parcerias Estratégicas, Eliane Detoni, informou ao Campo Grande News que o conselho, agora, espera os resultados de consultoria contratada pelo BNDES, em 2017, para subsidiar o processo de uma eventual desestatização da MSGás. A previsão é que essa radiografia seja entregue ainda este mês. 

Para o diretor-presidente da MSGas, Rudel Espíndola Trindade Junior, o conselho formado é de “alto nível” e vai permitir ao governador, de quem é a última palavra, decidir o melhor para o futuro da empresa e do Estado. Rudel explica que uma das respostas mais importantes esperadas com radiografia da consultoria a cargo do BNDES é sobre o valor de mercado da MSGás. 

Criada há 21 anos, a empresa tem 75 funcionários e uma clientela de 10 mil empresas e condomínios residenciais. O governo é controlador da MSGás, em sociedade com a Gaspetro, subsidiária da Petrobras, dona de 49% das ações. A empresa federal, por sua vez, também está em processo de venda. Hoje, 49% de suas ações já são da Mitsui.

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