Campo Grande (MS) – Parada há quatro anos, a Usina Termelétrica William Arjona, instalada no Distrito Imbirussu, em Campo Grande, deve ser reativada e iniciar as operações em junho deste ano. O Grupo Delta Energia, que assumiu o empreendimento, já iniciou tratativas com a Petrobrás, a transportadora TBG e a distribuidora MSGás para solucionar todos os trâmites necessários ao funcionamento.
Executivos também e reuniram com a direção da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) para discutir a regulação, considerando que a unidade geradora será cliente do insumo gás natural, cuja distribuição feita no estado pela MSGás é fiscalizada pela Agência.
Para disponibilizar no sistema interligado nacional a energia elétrica que vai ser gerada, também estão em andamento as negociações com a Energisa MS e Operador Nacional do Sistema (ONS). “A Agência reguladora quer promover o equilíbrio na relação de consumo de usuários e prestadores de serviço e auxiliar no desenvolvimento do Estado. O que for necessário no que diz respeito a adequação das questões regulatórias, estiver nas mãos da agência, buscaremos iremos fazer”, assegurou o diretor-presidente, Carlos Alberto de Assis.
A Portaria nº 103, que estabelece as Condições Gerais para a Prestação de Serviço de Distribuição de Gás Canalizado a Consumidor Livre, deverá passar por revisão, trazendo modernidade ao processo. “É uma norma de 2013, que servia à realidade daquele momento, agora é preciso revisar e adequar ao cenário trazido pela nova Lei do Gás, que busca a formação de um mercado aberto, dinâmico e competitivo”, explicou o diretor de Gás e Energia, Valter Allmeida da Silva.
O Grupo Delta adquiriu a usina em 2019 e a meta é reativá-la em junho, com 50 funcionários só na área de operação. O modelo de funcionamento da nova William Arjona requer a classificação como consumidor independente e não cativo do gás natural porque a usina não ficará gerando energia permanentemente.
A unidade será ativada pontualmente, conforme necessidade do sistema elétrico e de acordo com a viabilidade do custo da geração para o sistema nacional como um todo naquele determinado momento. A usina é emblemática na história do Gasoduto Bolívia-Brasil: foi a primeira instalação brasileira a operar com o gás boliviano, em 2000.
A capacidade instalada da unidade é de 206 megawatts, e depois de reativada, deverá consumir 1,3 milhão de m³ de gás por dia.
Fonte: Correio do Estado