Campo Grande (MS) – Apesar das décadas de controvérsia que põem em questão a sua coroa, Elvis Presley (1935-1977) permanece como detentor do título de Rei do Rock. A lista de precursores, que teriam injetado uma novidade na batida e na melodia da música popular, é vasta e diversa.
Little Richards (1932-2020), Chuck Berry (1926-2017), Ike Turner (1931-2007) e Sister Rosetta Tharpe (1915-1973) estariam entre os pioneiros que antecederam o garoto branco e topetudo do Mississipi no jeito diferente de cantar e requebrar.
Mas não importa. Parece ser ele, Elvis, o rei para todo o sempre. Parece porque, volta e meia, a polêmica retorna. Nada demais para quem a própria condição de estar vivo ou morto é motivo de discussão.
Sim, ainda nos tempos atuais tem gente que acha que “Elvis não morreu”; a ponto de a negativa entre aspas ter virado um chavão quase tão famoso quanto o artista que celebrizou a cidade de Memphis e, na verdade, qualquer lugar por onde passou.
O que reabre o debate sobre a primazia no universo do rock ‘n’ roll, desta vez, é a nova produção do australiano Baz Luhrmann, o mesmo diretor de musicais pouco ortodoxos, a exemplo de “Romeu + Julieta” (1996) e “Moulin Rouge – Amor em Vermelho” (2001), ou outros sucessos como “O Grande Gatsby (2013).
O “Elvis” (2022) de Luhrmann, em cartaz no circuito dos cinemas de shopping centers de Campo Grande, em diversos horários com versões legendadas e dubladas, vem sendo elogiado, justamente, por trazer ou ao menos reavivar aspectos dos anos de formação do cantor que foram cruciais para a construção do astro que ele acabou se tornando.
Um desses bastidores é a convivência de Elvis – interpretado na tela por Austin Butler – com músicos negros que teriam lhe dado régua e compasso para a criação de sua performance tão original, com um magnetismo capaz de encantar milhares de fãs ainda hoje.
O bluesman B. B. King (1925-2015) e alguns dos nomes citados no começo do texto seriam os responsáveis diretos pela fagulha que ajudou o cantor de “Jailhouse Rock” (Jerry Leiber/Mike Stoller) a desenvolver sua própria magia.
Naturalmente, todo o aporte da indústria cultural já estava lá. O showbiz publicitário contou muito para a edificação – e, sim, também a desgraça – do mito. Aliás, Tom Hanks, que vive no filme o empresário Tom Parker, responsável pela carreira de Elvis durante mais de duas décadas, é outro bom motivo para conferir o longa-metragem, que é recomendado para maiores de 14 anos.
OUTROS FILMES
Para quem quiser passar incólume pelo rebolado do “The Pelvis” sem deixar de curtir um cineminha, permanecem em cartaz os últimos lançamentos das franquias “Thor”, “Minions” e “Top Gun”. Na seara do terror, estreia “O Telefone Preto”, com Ethan Hawke no papel do algoz de um rapaz de 13 anos.
CHORO DOS BONS
Você conhece “Apanhei-te Cavaquinho”, “Ingênuo”, “Na Glória” ou “Carinhoso”? São temas clássicos do chorinho, com grande chance de serem apreciados ao vivo neste domingo, durante a apresentação gratuita que o Quarteto Samba Choro realiza, a partir do meio-dia, na praça de alimentação do Shopping Bosque dos Ipês.
Formado por Áttila Gomes (vocal e percussão), Adriano Praça (sopros), Leonardo Bugalu (violão) e Paulinho Brasilidade (pandeiro e percussões), o quarteto, além de canções consagradas do choro brasileiro, também vai mandar pérolas da bossa nova e uns sambas de primeira. Mas sempre na cadência dos “regionais” típicos do choro.
CRIANÇADA
De um shopping para outro, o Shopping Campo Grande recebe, até o dia 24, a programação “De Férias com o Sesc”. Serão oficinas, espetáculos teatrais e sessões de contação de histórias que foram programadas para o público infantil, mas com apelo para agradar toda a família.
As atividades, todas gratuitas, serão realizadas no piso superior do centro de compras, em frente à loja Le Lis Blanc.
Confira as atrações desta semana: espetáculo “A Princesa Engasgada”, hoje, 18h30min, com o Teatral Grupo de Risco; oficina “Brinquedo de Sucata”, em dois horários, às 15h e às 17h, tanto no sábado quanto no domingo, com Kely Guavira; Kely que também está à frente, somente no sábado, às 18h30min, da contação de história “Matinta Pereira”, baseada em uma bruxa do folclore da Região Norte do País. A peça “Quem Conta um Ponto Cria Um Conto”, com a Cia Teatro do Mundo, pode ser conferida no domingo, às 18h30min.
DANÇA
Na Casa de Ensaio (Rua Visconde de Taunay, nº 203, Amambai), Renata Leoni e Marcos Mattos encerram a temporada de “Desenho do Tempo” (dança-teatro), às 20h, com acesso gratuito, sob a direção de Esther Weitzman, hoje, amanhã e domingo.
“Partimos de um desejo comum de voltar a dançar depois de anos colaborando em múltiplas atividades: escrevendo e produzindo projetos, dirigindo espetáculos, coreografando um ao outro, conversando sobre políticas públicas para a cultura, refletindo sobre modos de sobreviver, sonhando juntos”, conta Marcos Mattos.
TÔ ATO ARTE
O cineclube TransCine – Cinema em Trânsito realiza neste sábado a primeira das quatro feiras culturais programadas para celebrar seus 10 anos de atividade, na Praça do Preto Velho (Avenida Fábio Zahran, na altura do Jardim Paulista), a partir das 15h.
O ciclo de eventos Tô Ato Arte segue até outubro, sempre no terceiro sábado de cada mês, e, além da projeção de trabalhos audiovisuais, terá apresentações musicais, exposições, venda e troca de livros e gastronomia criativa.
Tudo de graça. A sessão de cinema ao ar livre começa “depois do pôr do sol”. Em cartaz, neste sábado, a produção “Bikes vs Carros”.
ROCK DE ACESSO
No domingo, das 16h às 20h, o Sarau no Parque (Parque das Nações Indígenas) será animado pelas sambistas do grupo Sampri e pelo rock da Brandes Band, que contará com tradução em Libras.
Confira algumas das outras atrações confirmadas: Batucando Histórias; DJ Thelonious Junk; Mago Tom (artes cênicas); Grupo Cigano Isa Yasmin (dança); Coletivo Femme (arte de rua); Yure Tavares (comédia stand-up); e o Coral Sagrada Família. Entre os expositores, um dos nomes que marcam presença é o Coletivo dos Povos Originários (cultura e tradições indígenas).
Fonte: Correio do Estado