Campo Grande (MS) – Com o relatório do senador Eduardo Braga previsto para esta terça-feira, dia 24 de outubro, o pessimismo tem contaminado cada vez mais os senadores aliados ao governo sobre a possibilidade de encaminhar a votação da reforma tributária ainda neste ano.
Algumas derrotas do governo, como a aprovação do marco temporal no plenário e da PEC do Plasma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mostram que a articulação do governo no Senado está desarranjada e a perspectiva não é promissora.
Braga deve propor uma série de modificações no texto da reforma e, ao contrário de alguns senadores governistas, não defende que o texto seja fatiado para que a parte consensual entre Câmara dos Deputados e Senado seja aprovada logo.
Se não houver fatiamento, o texto volta para a Câmara, o que significa que o governo terá que pagar uma fatura altíssima pela aprovação. Jaques Wagner, líder do governo no Senado, do PT da Bahia, tem sido cobrado pelos pares para melhorar a articulação e destravar cargos e emendas para senadores.
No final do ano, o governo também terá que contar com a boa vontade do Congresso na aprovação da lei orçamentária do ano que vem, o que significa que o timing para aprovar a reforma é cada vez mais exíguo.
Fonte: Metrópoles