Campo Grande (MS) – A onda de calor ainda permanece sobre Mato Grosso do Sul durante esta semana, com previsão de máximas de até 43°C em alguns municípios. No entanto, a partir de quarta-feira (27), as temperaturas podem registrar queda, com mínimas entre 13°C e 16°C no Estado.
De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima, o avanço de uma frente oceânica pode favorecer essa queda de temperaturas, especialmente nas regiões sul e leste do estado, com possibilidade de chuvas, tempestades e rajadas de vento no estado.
No entanto, as temperaturas voltam a aumentar posteriormente. Prognóstico aponta que a primavera, que começou no último sábado (23) e segue até dezembro, será marcada por calor acima da média, não sendo descartadas novas ondas de calor.
Além do tempo quente, são esperados baixos valores de umidade relativa do ar, entre 10% e 20%.
Por isso é recomendável beber bastante líquido, umidificar ambientes e evitar exposição ao sol nos horários mais secos e quentes do dia.
Onda de calor
Uma onda de calor é o resultado de um bloqueio atmosférico causado pela persistência de um grande sistema de alta pressão atmosférica sobre uma área, por vários dias consecutivos.
A alta pressão atmosférica deixa o ar seco, inibe o crescimento e formação de nuvens e a ocorrência de chuva
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, uma região enfrenta uma onda de calor quando a temperatura diária, em geral a máxima, fica pelo menos 5°C acima da climatologia (valores médios de referência para um período de 30 anos), por pelo menos 5 dias consecutivos.
Conforme o Climatempo, no caso do Brasil, as alterações na circulação dos ventos sobre o país, impedem a mistura do ar quente com o ar mais fresco trazido pelas frentes frias, que estão sendo desviadas para alto mar depois de atuarem com força sobre o Rio Grande do Sul.
Até quando vai a onda de calor?
Ainda segundo o Climatempo, o sistema de alta pressão atmosférica que está causando esta onda de calor só deve começar a enfraquecer no fim desta semana.
Assim, pelo menos até o dia 28 de setembro, temperaturas muito altas ainda serão no Estado, caracterizando uma onda de calor.
Durante a primavera, sistemas de alta pressão atmosférica podem voltar a ficar estacionados sobre o Brasil gerando novas situações de bloqueios atmosféricos e outras ondas de calor são altamente prováveis, especialmente durante o mês de outubro.
Historicamente, outubro é um mês mais quente do que setembro. Com o prognóstico de calor acima da média nesta primavera, temperaturas acima de 40°C poderão ocorrer ao longo do próximo mês.
Além da onda de calor, a primavera de 2023 deverá ser quente por influência do fenômeno El Niño.
O El Niño diminui a frequência das pancadas de chuva e isso também ajuda a manter o ar mais quente do que o normal.
Fonte: Correio do Estado (* Com Climatempo)