Isaac Sidney falou com imprensa na manhã desta sexta-feira
O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, disse nesta sexta-feira (14) que o setor bancário está “convencido” do compromisso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o equilíbrio fiscal das contas públicas.
Sidney falou à imprensa após reunião com Haddad e presidentes de grandes bancos brasileiros na manhã desta sexta no escritório da Fazenda em São Paulo.
É a quarta reunião do ministro com dirigentes dos maiores bancos privados intermediada pela Febraban para aumentar o canal de interlocução com as instituições.
“Saímos convencidos deste encontro de que o ministro Haddad não só está determinado a buscar o equilíbrio das contas públicas mas também saímos convencidos de uma disposição firme que ele tem para fazer o diálogo dentro do próprio governo e expandir o diálogo para o Congresso Nacional, que é um poder fundamental nesta equação de busca do equilíbrio fiscal, além da interlocução com o empresariado”, disse Sidney.
Participaram do encontro desta manhã, além de Sidney, Luiz Trabuco representando também a Febraban, André Esteves, fundador do BTG Pactual, Milton Maluhy, do Itaú Unibanco, Marcelo Noronha, do Bradesco, e Mário Leão, do Santander.
Sidney ainda garantiu que o encontro não foi motivado especificamente os últimos acontecimentos sobre o debate do ajuste fiscal.
Mas que não perderam “a oportunidade de falar da importância do equilíbrio das finanças públicas” e nesse sentido, reafirmar o apoio institucional do setor ao ministro da Fazenda.
“Nós entendemos esse compromisso que ele tem feito e reiterado de buscar equilíbrio das contas públicas precisa ser perseguido precisa ser perseverado.”
“Considerando também os últimos acontecimentos de ruídos e tensionamentos quanto ao cumprimento das regras fiscais, do arcabouço fiscal, aqui estivemos para reafirmar o apoio institucional do setor bancário ao ministro da economia”, disse.
O mercado financeiro tem demonstrado maior preocupação com as incertezas relativas ao equilíbrio das contas públicas.
Especialmente depois da devolução da Medida Provisória (MP) 1227 que limitava créditos de Pis/Cofins para compensar a desoneração da folha de pagamento e redução da alíquota previdenciária de municípios.
O texto foi extremamente mal recebido por todos os setores da economia que pressionaram o Congresso Nacional contra a medida.
Na manhã de quinta-feira (13), Haddad falou à imprensa sobre ajuste de gastos ao lado da ministra do Planejamento, Simone Tebet. Ele destacou que o governo está comprometido com a agenda que é “um posicionamento da equipe econômica”, inclusive em “rever privilégios”.
Nesta sexta, o presidente da Febraban frisou que o setor bancário corresponde a mais da metade da fatia da economia brasileira com um estoque de crédito de quase R$ 6 trilhões, equivalente a 54% do Produto Interno Bruto (PIB).
Disse também que enxerga em Haddad “todo o engajamento, determinação e firmeza na busca pelo equilíbrio fiscal”.
“Nós fazemos parte do empresariado brasileiro, da indústria financeira, da indústria bancária e portanto mais que legitimados para conversar com autoridade governamental.”
“Saímos com o convencimento de que o ministro Haddad vai continuar trabalhando com muita firmeza e determinação para buscar o equilíbrio das finanças públicas”.
“Vai precisar sim que tenha o apoio firme do governo, do Congresso, da sociedade, do empresariado e o setor bancário, que é um segmento importante para o financiamento da economia, não poderia se furtar de emprestar esse apoio e reafirmar esse apoio a Haddad mas também para dizer que estamos disposto para contribuir com sugestões para que nós consigamos buscar a direção corretas para o equilíbrio das contas públicas”.
Fonte: CNN