Gasolina sobe até 73% acima do previsto e diesel 68%

Publicado em: 22 ago 2023

Campo Grande (MS) – Gasolina e diesel estão mais caros e aumentaram acima do previsto em Campo Grande. Pesquisa realizada pelo Correio do Estado aponta que o preço do litro da gasolina aumentou até 73% acima do previsto e do diesel 68%.

O levantamento de preços foi realizado em 20 postos de combustíveis espalhados por diversos bairros da região central, leste e sul de Campo Grande. A Petrobras anunciou, em 15 de agosto de 2023, reajuste de 16,2% no preço da gasolina e 25,8% no preço do diesel, o que equivale aumento de R$ 0,41 e R$ 0,78 por litro, respectivamente.

Mas, em Mato Grosso do Sul, o aumento deveria ser de R$ 0,30 no litro da gasolina e R$ 0,69 no litro do diesel, de acordo com o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto.

O aumento chega a ser de até R$ 1,16 no litro do diesel e R$ 0,52 da gasolina. Em 11 postos de combustíveis, o aumento do diesel é igual ou superior a R$ 1,00.

Dos 20 postos de combustíveis percorridos pela reportagem:

  • todos aumentaram o preço da gasolina
  • todos aumentaram o preço do diesel
  • todos comercializam a gasolina mais barata que o diesel
  • gasolina aumentou mais que o previsto (> R$ 0,30) em 18 postos
  • gasolina aumentou o previsto (= R$0,30) em 2 postos
  • diesel aumentou mais que o previsto (> R$ 0,69) em todos os postos
  • Em 11 postos de combustíveis, o aumento do diesel é igual ou superior a R$ 1,00

Vale ressaltar que:

  • O Posto Acácia, localizado na 26 de Agosto x Calógeras, vende apenas gasolina e etanol, diesel não
  • O tipo de combustível pesquisado foi COMUM, com pagamento À VISTA
  • Alguns postos comercializam apenas diesel S10, portanto, neste caso, a reportagem considerou este tipo e não o diesel comum
  • Os preços desta segunda-feira, 21 de agosto, foram comparados com os preços de 8 de agosto, ou seja, há 13 dias

Em 21 de agosto, o preço do litro da gasolina varia de R$ 5,29 a R$ 5,52 e o do diesel de R$ 5,69 a R$ 6,39.

Em 8 de agosto, o valor da gasolina variava de R$ 4,95 a R$ 5,19 na Capital e o do diesel de R$ 4,79 a R$ 5,29.

* A pesquisa foi realizada das 8h45min às 10h de 21 de agosto de 2023, em 20 postos de combustíveis espalhados por diversos bairros de Campo Grande. O tipo de combustível pesquisado foi COMUM, com pagamento À VISTA.

De acordo com o diretor-executivo da Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, cabe unicamente ao dono do posto decidir o preço de seu estabelecimento, pois o mercado é livre.

“Entendo que por sermos mercado livre, o revendedor tanto pode subir como baixar [o preço], depende das condições de mercado e da concorrência”, explicou.

A Petrobras afirmou que o aumento se deu porque os preços do petróleo se consolidaram em outro patamar e que a empresa está “no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.

Segundo Lazarotto, distribuidoras alertaram que novos reajustes podem ocorrer na distribuição devido a defasagem ainda existir na paridade.

“Após a Petrobras efetuar na data de 16/08, os reajustes no diesel e gasolina, os valores já repassados pelas distribuidoras aos revendedores estão muito maiores e a aquisição destes produtos continuam em adequação. Com a importação de produtos realizados pelas cias a preços mais elevados para suprir a defasagem de refino no mercado interno. Apesar de parte deste custo que já ter ocorrido durante as últimas semanas, as cias transferiram ainda mais ao revendedor já a partir de hoje que somaram ao reajuste feito pela Petrobras. Sabemos que as grandes cias distribuidoras tem importante papel de evitar a falta de produto no Brasil devido a defasagem no refino. Esperamos que com os possíveis investimentos no setor de refino já anunciados pela Petrobras possamos com brevidade ser mais independentes da importação dos derivados, já que temos autossuficiência na produção de Petróleo”, detalhou Lazarotto.

REDUÇÃO EM TRIPLO

Terceira redução – em junho

Em 30 de junho de 2023, a Petrobras anunciou redução de R$ 0,14 no litro da gasolina. Em Mato Grosso do Sul, a redução nas bombas foi de R$ 0,10, de acordo com o diretor-executivo do Sinpetro, Edson Lazarotto.

Segunda redução – em junho

Em 15 de junho de 2023, a Petrobras anunciou redução de R$ 0,13 no litro da gasolina. Não houve redução no preço do diesel.

De acordo com o diretor-executivo do Sinpetro-MS, Edson Lazarotto, a redução nas bombas foi de R$ 0,09 em Mato Grosso do Sul. Portanto, foram duas reduções apenas no mês de junho de 2023.

Primeira redução – em maio

Em 16 de maio de 2023, a Petrobras anunciou queda de R$ 0,40 no litro da gasolina e de R$ 0,44 por litro do óleo diesel.

Com isso, a previsão do Sinpetro-MS era de que o preço do litro da gasolina caísse R$ 0,29 e o diesel R$ 0,39 em Mato Grosso do Sul.

AUMENTO EM TRIPLO

Terceiro aumento – em agosto

Em 16 de agosto de 2023, a Petrobras anunciou aumento de R$ 0,41 no litro da gasolina e R$ 0,78 no litro do diesel.

Em Mato Grosso do Sul, o aumento é de R$ 0,30 no litro da gasolina e R$ 0,69 no litro do diesel, de acordo com o diretor-executivo Sinpetro-MS, Edson Lazarotto.

Segundo aumento – em julho

Em 1º de julho de 2023, impostos federais, como PIS e Cofins, voltaram a ser cobrados. Com isso, o preço do litro da gasolina ficou R$ 0,34 mais caro nas bombas.

Primeiro aumento – em junho

Em 1º de junho de 2023, o preço da gasolina subiu em decorrência da mudança no modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi unificado em todos os estados brasileiros.

Com a mudança adotada por todos os estados, Mato Grosso do Sul passou a cobrar R$ 1,22 de ICMS por litro do combustível. Portanto, o aumento foi de R$ 0,30, por litro, ao consumidor sul-mato-grossense.

COMO DENUNCIAR?

Consumidores que se sentirem lesados por pagar preços exorbitantes podem efetuar denúncia através do número 151, do órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-MS).

O Procon é o órgão responsável em fiscalizar preços abusivos para que medidas sejam tomadas.

Fonte: Correio do Estado

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