Governador não descarta corte do décimo terceiro dos servidores

Publicado em: 15 abr 2020

Campo Grande (MS) – Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), diante da pandemia do coronavírus e seus efeitos na economia do Estado, não descarta o corte no décimo terceiro dos servidores caso seja preciso aumentar a receita de Mato Grosso do Sul, assim como fez o governador de São Paulo, João Dória (PSDB).

“Todos os governos estão tomando medidas; muitas em apoio à famílias de vulnerabilidade, anunciamos compra de cestas básicas. Nada é descartado neste momento”, disse Azambuja em entrevista ao canal SBTMS.

Ele explicou que a decisão depende dos projetos da Câmara e Senado Federal. “[…] tem um projeto de ressarcir os governos. Está tendo uma queda de braço e isso é um problema. Ou nós temos que fazer corte para pagar as contas ou aumentamos a receita e a receita não vai aumentar porque está tudo paralisado. […] Com certeza teremos que fazer alguns cortes, estamos analisando e vamos verificar como será feito”, disse.

Um pacote estimado em R$ 80 bilhões foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira (13.4), mas ainda depende da aprovação do Senado e da sanção do presidente Jair Bolsonaro.

“Essa queda de braço está tendo de alguma cotovelada na política de governador com o presidente; agora não é hora de política. É o momento de olhar a situação de agora, investigar na saúde e preservar as vidas”, opinou.

Azambuja também reiterou que as unidades federativas precisam da ajuda da União nesse momento de pandemia. “[Todos os estados] estão com a queda drástica da receita e uma ampliação de gastos. São crescentes, estamos comprando leitos, respiradores. Um respirador está custando 150 mil. Tudo é gasto, estamos auxiliando os municípios, 20 milhões depositados a partir de hoje até sexta-feira [para as cidades]”, contou.

SALÁRIO

Sobre o próximo salário dos servidores, o governador disse que ainda não tem previsão de data para o pagamento e que acompanha as medidas votadas na Câmara e Senado. “Se não tiver ação do congresso, fica muito difícil, estamos fazendo os cortes necessários, muito mais com foco na saúde do que na economia, a economia você recupera, uma vida não recupera”, disse.

“O senado precisa votar, a equipe econômica precisa entender que nesse momento ninguém esperava, ninguém esperava a queda na arrecadação no Brasil e no mundo inteiro. Queda de 5% na economia do Brasil inteiro. Momento de muita responsabilidade, na tomada de decisões, e sempre pensando na vida das pessoas”, finalizou ele.

 
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