Campo Grande (MS) – Apesar de registrar saldo negativo em 617 empregos, de janeiro a junho, Mato Grosso do Sul confirma a tendência de recuperação. No mês de junho o resultado entre admissões e demissões foi positivo em 1.433 vagas, diferença entre 13.934 admissões e 12.501 demissões. O índice apresenta uma reação quando comparado ao mês anterior, a diferença entre admissões e desligamentos em maio foi de 2.399 demissões (após ajustamento de dados).
Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em junho, praticamente todos os segmentos registraram saldo positivo, o único que registrou mais demissões que contratações foi o setor de serviços com 220 vagas a menos. A indústria liderou a criação de vagas em junho com 704 novos contratos, na sequência a agropecuária (526), comércio (373) e construção civil (50).
O primeiro semestre ficou negativo em 617 empregos, diferença entre 100.918 contratações e 101.535 demissões. Quando analisados mês a mês, Mato Grosso do Sul só teve mais demissões que contratações nos meses de abril e maio, quando foram computados os impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na economia do Estado.
Entre os municípios do Estado, 56 dos 79 finalizaram o semestre com saldos positivos. Dourados liderou com a criação de 406 vagas, resultado de 11.350contratações e 10.944 demissões. Os resultados negativos foram registrados em 23 municípios de MS. O pior resultado na criação de vagas foi registrado em Campo Grande lidera com saldo negativo de 5.521 demissões, resultado de 38.270 novos contratos e 43.791 desligamentos.
Nacional
O País perdeu 1.198.363 de postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre do ano, no pior resultado para o período desde o início da série histórica do Ministério da Economia, em 2010. Foram 6.718.276 contratações e 7.916.639 demissões. No ano passado, foram criadas 408.500 vagas no mesmo período.
O saldo do mês ficou negativo em 10.984 vagas, número inferior ao registrado em maio (-350.303). Em junho, foram 895.460 admissões e 906.444 desligamentos. Em maio, os números foram 722.940 e 1.073.243, respectivamente.
Com relação a abril, pior mês em termos das admissões, houve um incremento de 43% e queda de 41% nas demissões. No acumulado do ano, o saldo do emprego formal fechou o primeiro semestre negativo em 1.198.363, resultado de 6.718.276 admissões e 7.916.639 desligamentos.
A agropecuária foi o setor com o melhor desempenho, com a abertura de 36.836 novas vagas, seguido pela construção civil que registrou um saldo positivo de 17.270 postos de trabalho. Comércio e serviços registram saldos negativos com o fechamento de 16.646 e 44.891 vagas, respectivamente.
Entre as regiões, Centro-Oeste, Norte e Sul tiveram resultados positivos, com saldos de 10.010, 6.547 e 1.699, respectivamente. O pior resultado foi o da região Sudeste que fechou o mês com menos 28.521 vagas. Já no Nordeste o saldo ficou negativo em 1.341.
Entre as Unidades da Federação, o melhor resultado foi registrado em Mato Grosso com a abertura de 6.709 postos de trabalho. Em contrapartida, o pior resultado foi no Rio de Janeiro que em junho registrou o fechamento de 16.801 vagas. (Reprodução/CorreiodoEstado)