PIB do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre

Publicado em: 01 jun 2021

Campo Grande (MS) – O PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e serviços produzidos no país, subiu 1,2% no 1º trimestre, na comparação com os 3 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados nesta 3ª feira (1º.jun.2021) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra (1 MB).

O resultado surpreendeu positivamente as estimativas do mercado. As projeções dos economistas procurados pelo Poder360 indicavam que a economia brasileira teria alta de 0,6% a 2,1% no período. A mediana sugeriam um crescimento abaixo de 1%. O Itaú Unibanco estimou o crescimento de 0,6%.

Em valores correntes, chegou a R$ 2,048 trilhões. O PIB representa, em valores monetários, todos os bens e serviços finais produzidos no país em determinado período. Serve para medir a atividade econômica e riqueza de uma região.

Leia o crescimento por setor:

  • agropecuária: +5,7%
  • indústria +0,7%
  • serviços: +0,4%

Na indústria, o crescimento foi puxado pelas indústrias extrativas, que tiveram alta de 3,2%. O setor de construção cresceu 2,1% no período. Do lado dos serviços, transporte, armazenagem e correio subiu 3,6% no perído. Comércio teve alta de 1,2%.

A formação bruta de capital fixo subiu 4,6% no 1º trimestre contra o último de 2020. O consumo das famílias caiu 0,1% no período. As despesas do governo tiveram queda de 0,8%. No setor externo as exportações subiram 3,7%, enquanto as importações tiveram alta de 11,6%.

ATIVIDADE ECONÔMICA RECUPERA

O PIB brasileiro recuou 4,1% em 2020, a maior já registrada desde o início da série histórica, em 1996. Foi atingido pela pandemia de covid-19, que derrubou a atividade no mundo. A queda representou o 21º melhor desempenho econômico em 50 países.

Apesar da forte queda em 2020, a economia brasileira teve recuperação nos últimos trimestres do ano passado.

O mercado financeiro estima que o Brasil crescerá 3,96% neste ano. O Itaú espera alta de 5% na economia.

O Ministério da Economia elevou para 3,5% a estimativa de alta do PIB. O BC (Banco Central) tem perspectivas de crescimento de 3,6%, mas o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, disse que vai reajustar em direção a 4%.

O mercado e a equipe econômica apostam no processo de vacinação da população contra a covid-19 para a retomada da economia. O país aplicou a 1ª dose do imunizante em 21,4% dos brasileiros.

Os indicadores econômicos, porém, sugerem uma melhora da economia em 2021. A arrecadação federal de impostos bateu recorde no 1º quadrimestre do ano, com R$ 608 bilhões, a maior da série histórica, iniciada em 1995.

As contas do setor público consolidado– formado pela União, Estados, municípios e estatais– tiveram superavit de R$ 24,3 bilhões em abril. No mesmo mês, a dívida bruta do país caiu 2,2 pontos percentuais, para 86,7% do PIB.

A balança comercial do Brasil –formada por exportações contra importações– tiveram superavit recorde de US$ 10 bilhões em maio, segundo o governo.

Os números de emprego do governo, pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), mostram que o país criou 120,9 mil empregos em abri, o que representa o 4º resultado positivo no ano. O IBGE divulgou, porém, que a taxa de desemprego chegou a 14,7% no 1º trimestre deste ano.

A contratação de funcionários tende a ser o último indicador a melhor em momentos de crises.

ENTENDA O PIB

Produto Interno Bruto é a soma de tudo o que o país produziu em um determinado período. Esse é um dos indicadores mais importantes do desempenho de uma economia.

O resultado oficial é calculado de duas formas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística): pela ótica da oferta, que considera tudo o que foi produzido no país, e pela ótica da demanda, que considera tudo o que foi consumido.

Pelo lado da oferta, são considerados:

  • a indústria;
  • os serviços;
  • a agropecuária

Já pelo lado da demanda, são considerados:

  • o consumo das famílias;
  • o consumo do governo;
  • os investimentos;
  • as exportações menos as importações.

O resultado é apresentado trimestralmente pelo IBGE, que tem até 90 dias após o fechamento de 1 período para fazer a divulgação. Os dados consolidados, entretanto, ficam prontos só depois de 2 anos.

Fonte: Poder 360

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