Modelo macrofiscal de Haddad não se sustenta com baixo crescimento, mas também não sobreviverá sem recuperar confiança
A frase do título desta coluna foi dita na semana passada pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em discurso prévio à abertura da reunião do organismo multilateral. Embora não tenha sido direcionada ao Brasil, ela resume bem a situação atual, na qual o país e o governo Lula enfrentam uma crescente pressão financeira aparentemente incompatível com os dados macroeconômicos e com a tendência de melhora nos números fiscais que começa a se desenhar.
O Brasil vive uma combinação de inflação relativamente baixa (entre 4% e 4,5%, ainda que acima do centro da meta) com um crescimento mais pujante (na casa de 3%). Também há desemprego nas mínimas da história recente e um cenário no qual começa-se a ter resultados primários melhores e uma convergência em direção à meta. Parte disso é mérito da atual administração.
Mesmo assim, o que se tem visto é uma crescente piora na percepção do mercado sobre o Brasil, espelhado em um dólar que já roda a R$ 5,70 e taxas de juros crescentes (tanto a de curto prazo, fixada pelo Banco Central, como as futuras de médio e longo prazos).
Fonte: JOTA
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