Com Caravina na Assembleia, Mattogrosso deve ir para a Governadoria

Publicado em: 19 jan 2024

Campo Grande (MS) – O destino do suplente de deputado estadual João César Mattogrosso (PSDB) – que deve a cadeira em que ocupa para o titular do mandato, o atual responsável pela Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Pedro Caravina – está praticamente desenhado dentro do Parque dos Poderes. Que Mattogrosso vai trabalhar na Governadoria, isso é praticamente certo, mas não necessariamente no cargo atualmente ocupado por Caravina.

O Correio do Estado apurou que o ex-vereador tucano e deputado estadual durante todo o ano passado deverá ocupar a Secretaria Executiva de Gestão Política, cargo de segundo escalão, subordinado diretamente ao secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Rocha (MDB).

A ideia é aproximar Mattogrosso dos prefeitos de Mato Grosso do Sul e fortalecê-lo para as eleições de 2026, quando, aí sim, o objetivo é ele se eleger diretamente para a vaga de deputado estadual, sem ocupar a suplência, como ocorre agora.

A proposta para Mattogrosso está praticamente selada e só dependeria do aval do governador Eduardo Riedel e da aceitação, claro, do próprio deputado estadual que voltará para a suplência em breve. O cargo escolhido para Mattogrosso também teria agradado a cúpula do PSDB.

Os tucanos têm uma certa dívida tácita com o ex-vereador. É que, após a eleição de Riedel e a escolha de Caravina para a Segov, ele renunciou ao mandato de vereador em Campo Grande, que se encerra em janeiro de 2025, para assumir a cadeira na Assembleia Legislativa disponibilizada pela nomeação de Caravina.

Secretaria de Governo

Para a Segov, ainda não há definição de Riedel e seu núcleo mais próximo. Por enquanto, a tendência é que 
a Pasta seja ocupada interinamente por Frederico Felini, que já é adjunto de Pedro Caravina e que está habituado ao ritmo de trabalho da secretaria.

É grande a possibilidade, inclusive, que Felini seja efetivado no posto, uma vez que o entendimento de que os cargos de conotação mais política estão no primeiro andar da Governadoria, na Casa Civil, 
e não na Segov, que fica localizada na antessala de Riedel, praticamente um anexo do gabinete do governador.

Sem data marcada

A saída de Caravina da Segov ainda não tem data marcada, porém, com a definição dos nomes ou pelo menos com as articulações em andamento, é possível que ele deixe o cargo até o início de março.

Quando ocupar de fato o mandato de deputado estadual para o qual foi eleito, Caravina ocupará um cargo do Poder Legislativo pela primeira vez.

Em sua vida pública, sempre ocupou cargos no Executivo: foi prefeito de Bataguassu por duas vezes e durante esses mandatos presidiu a Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul (Assomasul). Já na gestão Reinaldo Azambuja (PSDB) Caravina foi adjunto de Riedel na Secretaria de Estado de Infraestrutura.
Nos bastidores, o governador Eduardo Riedel sempre desejou que Caravina permanecesse no cargo em que ocupa. Contudo, foi o atual secretário quem pediu para sair – e o principal motivo seria uma questão ética.
É que a esposa de Caravina deve sair como candidata à prefeitura de Bataguassu nas eleições deste ano.

Conforme seu próprio entendimento, não seria adequado e justo que ele apoiasse sua esposa e outros prefeitos ocupando um cargo de tamanha importância em uma aliança tão grande, que envolve partidos como o PP, o Republicanos, o Podemos, o MDB, entre outros.

Apesar de ter ficado na linha de tiro do “fogo amigo” tucano, negando cargos e alguns favores a aliados durante o ano passado, esse não seria o motivo de Caravina, garantem pessoas que transitam pela Governadoria.

Aliás, o estilo linha dura do delegado de carreira, ao dizer não para alguns aliados, assegurava e ainda garante um certo conforto para o governador tomar decisões na administração estadual.

SAIBA

Não há um dia certo para Pedro Caravina (PSDB) deixar a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov) e assumir o mandato de deputado estadual para o qual foi eleito, porém, a tendência é que ele vá para a Assembleia Legislativa entre fevereiro e março, conforme apurou o Correio do Estado. Antes disso, o atual mandatário da Pasta espera entregar os resultados de sua gestão.

Fonte: Correio do Estado

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