Campo Grande (MS) – Estudo preliminar sobre o novo traçado para construção da Nova Ferroeste reduziu a previsão da malha ferroviária de 1.370 km para 1.285 km, gerando economia de R$ 700 milhões para os governos de Mato Grosso do Sul e Paraná. A Ferroeste vai ligar a cidade de Maracaju até o Porto de Paranaguá, no Paraná, e pode reduzir em até 32% os custos do transporte na produção regional.
O novo estudo prevê uma abrangência em 49 municípios dos dois estados. Comparado a proposta anterior, a ferrovia passará por uma comunidade quilombola ao invés de três, e vai reduzir a travessia de sete para cinco comunidades indígenas.
“Isto facilita e dá agilidade ao desenvolvimento dos trabalhos. Com a nova Ferroeste a participação do modal no Porto de Paranaguá vai subir de 20% para 61%, praticamente uma inversão da matriz logística”, explicou o coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes.
Por estar mais distante do Porto de Paranaguá, a redução de custo logístico de Mato Grosso do Sul chegará a 32%, enquanto Paraná, 23%. “Assim o empresário vai investir mais, gerar mais empregos e o ambiente de negócio ficará mais favorável”.
A expectativa para conclusão das obras em parceria com os dois governos é para novembro deste ano. Depois, será concedida à iniciativa privada através de leilão na B3 para conclusão da Ferroeste. O traçado terá influência direta em 425 municípios nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. A expectativa é que os estudos de viabilidade fiquem prontos em setembro e sobre o impacto ambiental em novembro.
Alguns dos municípios sul-mato-grossenses que serão atravessados pela Ferroeste são: Maracaju, Amambaí, Dourados, Caarapó e Mundo Novo. Dos municípios do Paraná são: Guaíra, Cascavel, Guarapuava e Balsa Nova.
O secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel afirma que a nova ferrovia vai gerar empregos e aumentar a atividade produtiva do Estado. “Vai trazer redução de custo para toda região, sendo um eixo logístico importante para o Estado, que vai movimentar a economia local e o setor produtivo”.
“A empresa que assumir o projeto vai operar a malha de Guarapuava até Cascavel e construir a malha de Cascavel até Maracaju. Todo investimento será privado”, destacou o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.
Fonte: Correio do Estado